Nas discussões sobre problemas e implicações de uma gravidez precoce, a interrupção da juventude da mulher é sempre destacada. Os adolescentes homens, nesse contexto, são tratados como meros coadjuvantes. E começam a reclamar disso.
Se, no passado, os meninos eram os primeiros a fugir da situação e até a questionar a paternidade, hoje é mais comum ver garotos que fazem questão de vivenciar a gravidez. O auxiliar de escritório Rafael de Azevedo, de 20 anos, até passou mal no começo da gestação da namorada Karina Scatola, de 17. “Ele não sai do meu lado e conta para todo mundo que vai ser pai”, relata a menina, cheia de orgulho.
Responsabilidade
Especialistas ressaltam que, quando o menino quer participar, os pais não devem dizer que ele é o irresponsável que estragou a própria vida e também a da namorada. Os jovens precisam de apoio, e não de mais culpa.
Quando a criança nasce, eles tomam consciência da responsabilidade que a paternidade traz. Willian Peixoto percebeu isso aos 18 anos. “Aprendi a assumir compromissos. É muito difícil, pois a liberdade passa a ser controlada pelo choro da criança”, diz.
F.Uni