Na segunda-feira (22), às 9h, no Plenário das deliberações Renê Barbour, a Assembleia Legislativa realiza audiência pública para discutir políticas públicas de enfrentamento às drogas em Mato Grosso.
Solicitada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf (PSDB), a audiência pública deve contar com a participação de representantes do Governo do Estado, Tribunal de Justiça (TJ), Ministério Público Estadual (MPE), universidades públicas e particulares, além do conselho municipal e estadual de políticas anti-drogas e a população.
No entendimento de Maluf, o Estado deve sempre buscar debater com a sociedade, a adoção de políticas públicas que visem a conscientização, prevenção e enfrentamento às drogas. “Neste sentido, pretendemos mobilizar toda a sociedade e poder público para debatermos tal tema e juntos construirmos uma solução para este mal”, disse o presidente da Casa de Leis.
A data foi escolhida em função do dia 22 de junho ser o início da semana de enfrentamento às drogas, que vai até o dia 26 de junho, data em que são celebrados tanto o dia internacional quanto o dia nacional de combate às drogas, sendo realizados eventos e mobilizações em todo o mundo.
Os dados no Brasil sobre o consumo de droga são alarmantes. De acordo com o estudo apresentado pela Organização das Nações Unidas (ONU), a proporção da população brasileira que consome cocaína cresceu de 0,4%, em 2001, para 0,7% em 2005. Em 2001, 1% dos brasileiros entre 15 e 65 anos consumia a droga. O índice subiu para 2,6% em 2005. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o mundo tem pelo menos 200 milhões de consumidores de drogas, dos quais 40 milhões são dependentes.
“E o nosso Estado não foge dessa realidade. Dentre os males que assolam a nossa sociedade, entendemos que o consumo de drogas é aquela que causa o maior prejuízo social, além de danos à saúde dos usuários e transtornos irremediáveis à família”, argumentou Maluf.
Além disso, o presidente da Casa de Leis lembra que em alguns casos, os usuários de drogas passam a ter uma rotina criminosa para sustentar o vício.