A expectativa para que todos os estádios da Copa 2014 fiquem prontos a tempo da realização dos jogos é grande. Maior ainda é a esperança de empresas de NBZ telecomunicações, responsáveis pela implantação dBZ e projetos que exigem meses para execução e testes nos estádios. O de Curitiba, a Arena da Baixada, por exemplo, só deve ser liberado para receber essa infraestrutura no dia 15 de maio. A forma como os projetos serão executados vai determinar a qualidade do serviço de telefonia móvel dentro desses espaços, assim como a transmissão dos jogos para torcedores do mundo inteiro.
A questão da transmissão de imagens dos jogos está a cargo da Telebras, que já está com tudo pronto para entrar no estádio, mas precisa aguardar a entrega e a conclusão de obras no entorno deles. Já a garantia da telefonia móvel dentro de campo, antes emperrada por questões comerciais, agora também só aguardam que os estádios sejam liberados.
O projeto de infraestrutura interna de telefonia móvel, de acordo com Eduardo Levy, diretor executivo do SindiTelebrasil, sindicato das empresas de telefonia, costumar exigir entre 120 e 150 dias para ser implantado. Como os estádios de São Paulo e Curitiba ainda não estão prontos, pode acontecer do número total de antenas necessárias nessas arenas, por exemplo, não ser atendido, ou ainda não haver tempo para todos os ajustes e testes necessários. "Os equipamentos estão comprados há muito tempo, desde a Copa das Confederações. Talvez a gente não consiga executar o projeto completo", lamenta Levy.
Em outros estádios a situação é mais animadora. A cobertura está em fase de ajustes finais em Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador. Em Cuiabá, Manaus, Natal e Porto Alegre os acordos comerciais foram fechados e já se iniciou o processo de instalação. Em Natal e Porto Alegre, as administrações dos estádios já solucionaram os problemas nas salas onde os equipamentos serão instalados.
"O que pode ocorrer é que São Paulo e Curitiba não consigam ter o projeto completo. As pessoas poderão ter, principalmente nos horários de maior pico, algumas dificuldades para telefonar, por exemplo. Nós não podemos entrar efetivamente no estádio se ele não estiver pronto. Realmente é preciso que o estádio esteja em boas condições", comentou Levy.
A cobertura indoor
A Telebras, por sua vez, é a empresa responsável pela infraestrutura a ser usada na transmissão televisiva dos jogos. De acordo com a empresa, os estádios que receberam os jogos da Copa das Confederações já estão com tudo resolvido, assim como os 28.7 mil km de linhas de longa distância já foram implantadas. Falta agora conseguir chegar a estádios com obras atrasadas, dentro deles e no entorno – Porto Alegre, Curitiba, Cuiabá, Manaus, e Rio Grande do Norte. Na Copa das Confederações, a empresa teve pouco tempo para implantar o projeto na Arena de Pernambuco, e a fibra implantada chegou a romper 50 vezes.
O presidente da Telebras, Francisco Ziober Filho, ressaltou o esforço de todo o pessoal da empresa, desde os técnicos que estão na linha de frente da implantação das fibras, até o pessoal que está garantindo a retaguarda na empresa, que trabalha muito para entregar um produto de qualidade internacional em tempo recorde: "Foram utilizados na construção dessa rede equipamentos de última geração, para garantir uma alta qualidade e confiabilidade na transmissão dos vídeos de alta definição. Essa infraestrutura será utilizada depois para levar o Programa Nacional de Banda Larga ao maior número de municípios brasileiros", destaca Ziober.
Jornal do Brasil
Pamela Mascarenhas