Promover um grande avanço na malha viária da cidade, levando o benefício da pavimentação para dezenas de bairros das quatro regiões, tem sido uma das principais buscas da Prefeitura de Cuiabá. Para alcançar esse propósito, montar um plano de combate ao grande déficit de asfaltamento do município foi uma das primeiras medidas adotadas pelo prefeito Emanuel Pinheiro, ao assumir a chefia do Palácio Alencastro. Nesse sentido, ainda em 2017, o gestor do Executivo implantou na Capital o programa “Minha Rua Asfaltada”, com o ousado objetivo de, em quatro anos, chegar a 600 quilômetros de obras.
Um ano e quatro meses após sua criação, o programa tem atingido as metas estipuladas e universalizado o acesso ao benefício para milhares de cuiabanos. Até o momento, são cerca de 30 bairros sendo atendidos e um total de 180 quilômetros de malha viária atingida, entre obras concluídas, em execução e em licitação. Alinhado à agilidade, o município tem colocado em prática todo cuidado com a qualidade. A atenção é adotada em cada uma das etapas, iniciando na escolha dos materiais, passando pela utilização de mão de obra especializada e tomando como princípio básico o seguimento das normas técnicas da área de infraestrutura.
“A população espera por anos pela chegada desse benefício. Então, nada mais correto que, ao contemplar um bairro, esse trabalho seja feito com qualidade. Temos conhecimento de todos os benefícios que a pavimentação traz para uma comunidade. O asfaltamento significa mais qualidade de vida, valorização dos imóveis, dignidade àqueles que pagam seus impostos e, por todos esses motivos, não podemos deixar que esse sonho se transforme em transtorno para o cidadão. Por isso, a principal determinação que coloquei ao implantar o ‘Minha Rua Asfaltada’ foi que a obra fosse executada com aquilo que se tem de melhor. É isso que a população merece e é isso que vamos buscar sempre oferecer”, argumenta o prefeito Emanuel Pinheiro.
Para chegar aos resultados almejados, o secretário municipal de Obras Públicas, Vanderlúcio Rodrigues, afirma que é necessário entender a relevância de cada uma das fases da obra. Dessa forma, segundo o gestor, drenagem, terraplanagem e, por fim, o revestimento das vias com a pavimentação, devem receber o mesmo nível de importância durante a execução.
Drenagem
A drenagem, apesar de – em alguns casos – ser subestimada, é fundamental no resultado final do serviço. Uma obra sem a edificação da composição pluvial afeta diretamente no período de vida útil do pavimento e pode significar, em um curto espaço de tempo, prejuízo aos cofres públicos e grandes transtornos aos moradores. Isso porque o sistema é o principal responsável pelo escoamento de águas da superfície, evitando assim um acúmulo que resulte na diminuição da segurança para motoristas e transeuntes, bem como na qualidade e durabilidade da malha viária.
Segundo o secretário Vanderlúcio Rodrigues, cada projeto exige um diâmetro específico de tubulação a ser usado na obra. Ele conta que existem manilhas que vão de 40 cm a mais de um metro, sendo usadas de acordo com o volume de água da região e que a Secretaria só adquire o material a partir da constatação de que a fornecedora obedece todas as normas técnicas durante a fabricação.
“Infelizmente, quando passamos por várias ruas, observamos uma grande quantidade de água aglomerada – isso acontece justamente pela falta de drenagem. Ocorre que, em muitos casos, ao invés de estarmos asfaltando ruas novas, somos obrigados a trabalhar na solução dessas situações. Com isso temos que cortar o asfalto, abrir valetas e isso gera prejuízo ao erário”, explica o secretário.
Terraplanagem
Nivelar o terreno de acordo com as marcações definidas no projeto também é um processo fundamental para que o cidadão possa usufruir de um asfalto sem deformidade. Diante disso, trabalhar na terraplanagem do solo torna-se uma medida indispensável. A ação é uma sequência do procedimento de locação topográfica, que é o que define onde haverá corte ou aterramento.
“A terraplanagem é a base que recebe o pavimento e, apesar de ficar escondida, é essencial para que o resultado saia de acordo com o que foi planejado. Ou seja, se essa etapa não for bem executada, isso acaba refletindo diretamente no final do serviço. Não adianta colocar asfalto com uma espessura grossa, se a base não for bem construída. Nesse sentido, procuramos sempre garantir a estabilização do solo, evitando, posteriormente, que o mesmo sofra qualquer tipo de alteração que resulte em danificação do pavimento”, afirma Vanderlúcio.
Pavimento
Em todas as obras, a Prefeitura tem adotado a utilização do revestimento do tipo Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ). O revestimento é considerado o mais moderno e recomendado para serviços de grande porte.
A cobertura com o revestimento asfáltico é parte final da obra e, assim como todas as outras, merece um acompanhamento de perto durante a execução. A Secretaria Municipal de Obras Públicas nomeia um engenheiro para atuar como fiscalizador do início ao fim de todo o processo. Essa medida permite, por exemplo, que o andamento siga conforme acordado em contrato e também uma atuação imediata na correção de qualquer inconformidade que possa aparecer na obra.
“Quando uma obra contratada apresenta algum tipo de inconformidade, acionamos a empresa responsável para que as correções sejam realizadas. Temos todas as garantias asseguradas pelo contrato e, caso preciso, fazemos valer esse direito. Todavia, em situações em que o trabalho é executado via administração direta, imediatamente, deslocamos uma equipe para detectar a origem do problema e encontrar uma solução rápida”, completa Vanderlúcio.
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Repórter: Bruno Vicente