O diretor Executivo da Acrismat afirma que o ano passado foi melhor para a suinocultura em relação aos anos anteriores
Por Jota Passarinho/altnotícias.com.br
Um dos principais segmentos do setor produtivo mato-grossense que, apesar da crise instalada no país, está comemorando uma relativa melhora, é a cadeia da suinocultura.
Depois de amargar um período de grave crise ocasionado por fatores externos, mas principalmente pela pandemia da Covid-19, em 2023 a produção de suínos em MT apresentou crescimento significativo e voltou a respirar um pouco mais aliviada.
Custódio Rodrigues de Castro Junior, diretor executivo da Acrismat – Associação dos Criadores de Suínos de MT, pontua que a partir do segundo semestre do ano passado os resultados para os suinocultores foram satisfatórios.
“Nós podemos falar que o ano de 2023, a partir do segundo semestre, foi um ano razoável para a suinocultura, mesmo com a oscilação que, as vezes acontece nos preços da carne suína pelo volume ofertado no mercado interno. Mas foi um ano, pelo menos satisfatório um pouco, que mesmo com o decréscimo do número de matrizes, também no ano de 2023”, pontua Custódio Rodrigues de Castro Jr ao lembrar que em 2021, 2022 e 2023 o setor registrou um decréscimo de quase 20 mil matrizes em Mato Grosso. “Isso teve um reflexo muito grande em número de abates dentro do Estado e remessa para abate em outros estados de mais de 600 mil animais”, disse o Executivo.
De acordo com Castro Jr, tanto o comércio interno como as exportações tiveram um aumento, ainda que tímido, mas importante durante os dois últimos meses de 2023, impulsionados pelas festas de fim de ano. Porém, as perspectivas para 2024 não são das melhores. Segundo ele, apesar dos resultados positivos, o setor começa o ano com algumas preocupações, “principalmente no que tange as questões da quebra que, provavelmente, deve acontecer na produção de soja, e também da possível quebra do milho que perde-se a janela do plantio lá em fevereiro”, ressalta o diretor ao dizer que as estimativas feitas por órgãos como o Imea e a Aprosoja apontam que a safra deste ano deve ter um decréscimo em torno de 25% a 30%, o que é preocupante, haja vista, que os custos de produção devem aumentar.
O diretor enfatiza que a Acrismat trabalha no sentido de encontrar e desenvolver mecanismos para amenizar a crise e reduzir os prejuízos para os produtores de suínos em Mato Grosso. “A Associação, através do seu presidente Frederico Tannure, tem procurado alternativas, em conjunto com a diretoria, nós temos a Rede Suíno Forte que está tentando levantar alternativa”, explica Custódio Rodrigues, ao enfatizar que a equipe administrativa da entidade também está a trabalhar na busca de meios para ajudar a cadeia produtiva da suinocultura mato-grossense a superar a crise.
Mensagem aos suinocultores
“Com todas as dificuldades enfrentadas durante todo esse tempo na suinocultura, eu tenho dito que a suinocultura é uma atividade diferente, ela agrega valores, ela cria empregabilidade, mas ela oscila bastante no que tange a questão de mercado, oferta e procura. Então a mensagem, e o próprio presidente já disse isso, e nós sempre tivemos isso aqui, é de otimismo, de trabalho, buscando alternativas para os produtores e que os suinocultores continuem sempre atentos às atividades da Acrismat e da Rede Suíno Forte, que nós estamos aqui simplesmente para ajuda-los. Não se acanhem em nos procurar, porque as políticas que iremos desenvolver, são justamente para a defesa desse produtor que trabalha tanto, que gera emprego, renda, mas que precisa também desse respaldo, não só da Associação, como dos Governos Estadual e Federal e de toda a sociedade”.
Conforme dados da Acrismat, em Mato Grosso existem cerca de 400 granjas produtoras de suínos e aproximadamente 40 mil pequenos produtores independentes. A sede da Associação fica no edifício Clovis Vettorato, no Centro Político e Administrativo de MT, aqui na capital do Estado. Para saber mais sobre as atividades desenvolvidas pela entidade, acesse: www.acrismat.com.br .
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