Governador gaúcho lamentou ignorância e preconceitos em ataque de ex-deputado Jean Wyllys
A decisão de manter o funcionamento de 18 escolas cívico-militares com recursos estaduais foi reagida pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), em resposta ao ataque feito pelo ex-deputado federal Jean Wyllys (PT), que foi recentemente nomeado por Lula (PT) para uma posição de assessor no Palácio do Planalto. Leite foi comparado por Wyllys a “gays com homofobia internalizada” que supostamente possuem “libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes”. O governador lamentou a manifestação de Wyllys, considerando-a “deprimente e cheia de preconceitos em incontáveis direções”, e destacou a ignorância demonstrada pelo ex-parlamentar.
A crítica de Wyllys, também um ativista gay, ao governador gaúcho questiona a aceitabilidade de Eduardo Leite adotar a mesma medida esperada de “governadores heterossexuais de direita e extrema-direita”. Isso ocorre em resposta à decisão do governo de Lula (PT) de acabar com o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim), que financiava essas escolas desde o governo de Jair Bolsonaro (PL).
A decisão de manter as escolas cívico-militares educando estudantes gaúchos foi justificada pelo governo de Eduardo Leite com base em elementos técnicos e na avaliação positiva recebida da comunidade escolar. Além do governador do Rio Grande do Sul, outros 18 governadores, independentemente de suas posições políticas, também decidiram manter essas escolas, que contavam com apoio financeiro federal para remunerar militares da reserva que atuavam nessas instituições.
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