Os gastos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) com itens para cafezinho e material de copa é objeto de investigação de um inquérito civil do Ministério Público Estadual (MPE). De acordo com o órgão, entre 2015 e 2017 a ALMT gastou R$ 3,5 milhões com produtos como café, açúcar, adoçante e chá. O procedimento de investigação, segundo a portaria do MPE, tem o objetivo de obter esclarecimentos e informações sobre os contratos assinados.
Por meio de nota, a ALMT afirmou que a compra é legal e foi realizada na modalidade de registro de preço. Sobre o volume dos produtos, o Legislativo estadual declarou que o contrato é baseado no número de servidores, visitantes e em relação aos programas que ocorrem na Casa de Leis.
Num dos certames, assinados em 2017, a ALMT adquiriu 50 mil quilos de açúcar cristal,15 mil quilos de açúcar refinado, 50 mil quilos de café torrado e moído. O valor total da compra, segundo o contrato é de R$ 1.032.680,00, e inclui também 28 mil litros de suco e itens como guaraná ralado e pacotes de chá.
Em outro acordo, a ALMT realizou a compra de 5,5 mil copos de vidro e 2 mil garrafas térmicas e outros itens para copa e limpeza. O valor do contrato é de R$ 802.817,00. O consumo previsto para os itens é de um ano.
Para o MP, “a quantidade dos produtos licitados (alguns em toneladas) e seu consumo integral no prazo de validade dos certames, apresentam-se um tanto desproporcional às necessidades da Assembleia Legislativa”.
A portaria, assinada em julho pelo promotor Célio Joubert Furio, tem o objetivo de obter informações adicionais relacionadas à defesa do patrimônio público e da probidade administrativa, de acordo com o MPE.
G1-MT