Episódio dessa semana traz Helen Santana em conversa sobre os sinais que pais, jovens e adolescentes devem observar para saber quando é hora de buscar ajuda
As redes sociais são uma potência e podem impactar na saúde mental de jovens e adolescentes de maneira significativa, pois traz padrões de vida irreais e todos os tipos de discursos. O alerta foi dado pela psicóloga Helen Santana no 16º episódio do Conecta Jovem, podcast do Governo de Mato Grosso, que abordou o tema “Transtorno de Personalidade na Juventude”.
“As redes sociais têm trazido consequências no desenvolvimento da personalidade. Cuidado com as expectativas criadas por elas. Ninguém vai postar um momento ruim. É um padrão irreal, seja dos corpos e do modo de ser, seja do modo de vestir”, destacou a psicóloga.
Helen lembrou que não se pode prender ao mundo virtual, pois ele é uma expressão do mundo real, mas não é a totalidade. “Usamos a internet por um período relevante no trabalho ou por diversão. Mas aquilo que vemos ali é um dos espaços onde ficamos. Nossas possibilidades são muito maiores. É aí que entra o papel da família e dos educadores: na observação das complexidades do ser humano, cuidando para o jovem não se prender nesse mundo virtual”.
Segundo ela, a observação do comportamento no decorrer dos anos, não só quanto à questão das redes sociais, é primordial. Helen alertou que é muito importante que os jovens e adolescentes se conheçam, que saibam do que gostam, de quais projetos e desejos têm para o decorrer da vida.
“Se a energia está diminuindo, se está muito fora do que o jovem ou adolescente está acostumado, isso é um sinal de alerta. A gente tem que ter um parâmetro, tem que observar o quanto isso interfere em nossa vida. Ficar triste faz parte, sentir dor também faz parte, porém se isso durar muito tempo, se ficar muito intenso, é preciso olhar para esse momento com cuidado e quais as consequências para o dia a dia”, frisou Helen.
No episódio do podcast dessa semana, que já está no ar, a psicóloga ainda falou sobre as mudanças vividas na juventude, como lidar com momentos de transição, do acolhimento familiar nesses momentos e sobre a importância do acompanhamento de um profissional da área de Saúde Mental nos momentos em que o jovem se sente paralisado.