Estar privado do sexo tem severas consequências para a saúde física e mental de uma pessoa. Querer ser sexualmente ativo e não poder ser é uma situação recorrente e que acontece pelos mais variados motivos, como a distância, a dor no ato ou qualquer tipo de disfunção sexual.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), diz o El País, o sexo é um aspecto central do ser humano, mas pode ser renegado por muitos. Quando tal acontece, isto é, quando se rejeita o sexo por vontade própria, o impacto é mínimo ou nulo, mas quando a privação do sexo acontece de forma ‘imposta’, o impacto pode ser devastador.
A abstinência sexual não desejada tem um “impacto ao nível mental e físico, prejudicando a saúde e o estado de ânimo”, o que, por si só, dificulta a autoestima e a predisposição para o sexo.
Frolián Sánchez, coordenador da Sociedade Espanhola de Médicos de Cuidados Primários, diz que a abstinência sexual imposta “tem efeitos sobre a percepção da nossa imagem e na nossa autoestima, o que pode levar-nos a negligenciar, a reduzir a atividade física e a comer pior”, fatores que, em conjunto ou não, são prejudiciais à saúde e ao bem-estar.
Além disso, até mesmo a longevidade fica afetada. Existem evidências científicas de que uma vida sexual ativa está relacionada com um aumento da longevidade e com a redução do risco de morte.
O sexo é ainda um dos responsáveis pela liberação dos hormônios do prazer, bem-estar, satisfação e felicidade e das poucas atividades que conseguem, de fato, reduzir os níveis de estresse. No caso da abstinência não desejada, os níveis de estresse e infelicidade podem mesmo aumentar a olhos vistos.
Sánchez lembrou ainda que a abstinência “não só afeta a atividade física, como também leva a dificuldades de comunicação e as questões emocionais com o seu parceiro”. Mas não só, estar impedido de fazer sexo pode ainda provocar “muitos transtornos de humor”, o que “influencia diretamente” a qualidade de vida.
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