Índice mensal foi de 7,4%; salto inflacionário coincidiu com fortes tensões nos mercados cambiais
A Argentina registrou a maior taxa de inflação dos últimos 20 anos em julho. Os preços ao consumidor acumulados em 12 meses dispararam 71% no sétimo mês do ano, sete pontos percentuais acima do registrado em junho, informou o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). O incide mensal foi de 7,4%. O salto inflacionário em julho coincidiu com fortes tensões nos mercados cambiais da Argentina, onde as cotações paralelas do dólar americano subiram acentuadamente até níveis recordes, fenômeno que rapidamente repercutiu nos preços gerais da economia. Pela oitava vez em 2022, o banco central da Argentina elevou sua taxa básica de juros, que passa a ser de 69,50% ao ano. Segundo eles, essa mudança é uma forma de alinhar “aos rendimentos do mercado”. As previsões privadas mais recentes coletadas mensalmente pelo Banco Central argentino indicam que a inflação será de 90,2% neste ano e de 76,6% em 2023. Em decorrência da alta da inflação, o governo da Argentina anunciou na quarta-feira, 10, que as aposentadorias aumentarão 15,53% a partir de setembro e que quem recebe uma pensão mínima também receberá um bônus adicional. Desta forma, a pensão mínima no país vizinho passará a ser de 50.353 pesos (cerca de R$ 1.835) por mês. Além do aumento que, por lei, ocorre a cada três meses nas pensões, o governo destacou que concederá um bônus adicional de 7 mil pesos (cerca de R$ 255) para os aposentados que recebem a pensão mínima. Em sua conta no Twitter, o novo ministro da Economia argentino, Sergio Massa, declarou que essa é uma forma de “proteger os aposentados e as aposentadas” e amparando “os que mais precisam”. O ministro afirmou ainda que o aumento e o bônus são concedidos “mantendo a ordem nas contas públicas” graças aos rendimentos que se espera obter com a cobrança antecipada do imposto sobre os lucros das empresas.
Hace 6 días asumí como ministro.
Hoy, junto a la titular de la ANSES @FerRaverta, anunciamos un aumento del 15,53% para todas las jubilaciones, pensiones y asignaciones que se comenzará a pagar en septiembre y alcanzará a más de 16 millones de argentinas y argentinos.
*Com informações da EFE e Reuters-JovemPan