Delegação do país vizinho tem solicitado a reavaliação de diversos temas e recuado em seu apoio à proposta de taxação sobre os super-ricos; tensão ameaça a relação entre os dois países
Milei também tem levantado questões polêmicas, como multilateralismo, gênero, desenvolvimento sustentável e tributação de grandes fortunas. A delegação argentina tem se mostrado inflexível nas discussões, buscando vetar tópicos ou alterar a redação dos comunicados.
Essa resistência é preocupante, especialmente considerando que Lula e Milei possuem visões ideológicas opostas e não há indícios de um diálogo construtivo entre eles. O presidente francês, Emmanuel Macron, se ofereceu para intermediar e tentar persuadir Milei a adotar uma postura mais colaborativa.
A Argentina está buscando remover referências a violência sexual e feminicídios do comunicado final, o que demonstra uma abordagem que prioriza o veto em vez de apresentar propostas construtivas. Essa estratégia tem gerado preocupações sobre a eficácia das negociações. Além das tensões entre Brasil e Argentina, o cenário geopolítico é complicado por uma disputa entre Estados Unidos e Rússia, além de divisões em questões financeiras e climáticas. As expectativas para os resultados das negociações são baixas.
Fonte: Jovem Pan