Em um sinal dos efeitos disseminados do aquecimento global, as emissões de dióxido de carbono estão resfriando e fazendo encolher a camada mais externa da atmosfera, onde orbitam a Estação Espacial Internacional (ISS) e satélites, informam cientistas.
O afinamento da termosfera, que começa a cerca de 100 km de altitude e se estende até 650 km, reduz o atrito com as naves espaciais em órbita, mantendo-as no céu por mais tempo. O lado ruim disso é que o lixo espacial também dura mais, e se torna uma ameaça maior.
“É como uma faca de dois gumes”, diz o cientista do Centro Nacional de pesquisa Atmosférica, Stanley Solomon, ao apresentar os novos resultados, numa conferência da União Geofísica Americana.
Usando uma sofisticada simulação de computador, Solomon e sua equipe estimaram que a densidade do ar na atmosfera externa caiu cerca de 5% nas últimas três décadas, e poderia diminuir 40% até o final do século.
Saber como a parte da atmosfera mais distante do solo reage aos níveis de dióxido de carbono poderá ajudar a Nasa a planejar melhor seus lançamentos ao espaço e as necessidades de combustível das naves.