A Aprosoja alerta os produtores para a ocorrência do primeiro foco de ferrugem asiática no estado. O Consórcio Nacional Antiferrugem, por meio do sistema de monitoramentoonline de dispersão da doença, registrou um foco de ferrugem presente em soja guaxa no município de Alto Araguaia, região sul. Segundo o gerente institucional da Aprosoja, Nery Ribas, o tempo seco estava ajudando no controle da doença, mas com a intensificação das chuvas, o fungo, que estava latente nestas plantas, encontrou o ambiente necessário para se desenvolver.
“O alerta é para os produtores redobrarem os cuidados com a lavoura. E acompanhar o mapa de dispersão da ferrugem no site do Consórcio. Ainda não registramos nenhum caso em lavoura, mas este ano o número de plantas guaxas com a presença de esporos do fungo foi bem maior do que nos outros anos, e isto pode ser uma ‘ponte’ para a disseminação da doença. A soja guaxa é aquela que nasce voluntária em beira de rodovia, canteiros de obras e até mesmo nos terminais de carregamento e desembarque do grão e no perímetro urbano,”, destacou Ribas.
A Aprosoja recomenda que o monitoramento da lavoura seja efetivo e sistemático e que a equipe técnica da propriedade esteja preparada e efetue os tratamentos conforme recomendações.
A ocorrência foi registrada pela Coordenadoria de Defesa Sanitária Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). De acordo com o coordenador do Mapa, Wanderlei Dias Guerra, pelo menos 80% das plantas que nasceram às margens das estradas durante o período do vazio sanitário eram portadoras da ferrugem asiática.
MINI-LABORATÓRIOS – Nesta sexta (16), será realizado um treinamento para os técnicos que irão atuar na análise e identificação dos casos de ferrugem nos 10 mini-laboratórios do projeto Antiferrugem, instalados em todas as regiões do estado. O treinamento será realizado por Wanderlei Dias Guerra, no laboratório de Fitopatologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá.
Os técnicos serão capacitados para operar os equipamentos e dar suporte ao produtor rural na identificação da doença. O projeto conta com a parceria da Embrapa e da empresa Basf, fornecedora dos Digilabs.
O mapa online do Consórcio Nacional Antiferrugem pode ser acessado pelo endereço: http://www.consorcioantiferrugem.net/portal/ , neste link é possível conferir gratuitamente os focos já registrados da doença e em quais municípios e regiões produtores foram identificados.