sábado, 23/11/2024
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Aprosmat lança campanha de valorização de sementes

Com uma produção estimada em 5,5 milhões de sacas na safra 2008, Mato Grosso
tem apresentado crescimento significativo no plantio de sementes. Hoje, com
a boa produtividade, menos de 30% das sementes utilizadas por produtores de
soja no Estado são importadas de outros estados ou países. Como forma de
valorizar o mercado mato-grossense, além de coibir problemas como
aparecimento de doenças em lavouras, oriundos desse tipo de semente, a
Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) lançará no
próximo dia 7 de março a campanha “Sementes Forasteiras: Produtor, não
plante no escuro”.

Por meio da campanha, a entidade pretende esclarecer e conscientizar os
produtores de Mato Grosso sobre os benefícios de comercializar o produto
local.

O presidente da Aprosmat, Elton Hamer, afirma que é importante valorizar a
produção local devido à alta tecnologia empregada e à confiabilidade da
produção. Além disso, o alerta aos produtores também mostra que importando
sementes de outras regiões, na maioria das vezes desconhecidas, há a
importação de pragas.

Um exemplo é a praga neomatóide cística, que atinge o solo e que surgiu da
importação de sementes no ano de 1996.

Outra doença oriunda deste tipo de semente é o Cancro da Haste, que dizimou
quase toda produção de Mato Grosso anos atrás. Esta facilidade na
disseminação de doenças está na alta temperatura e umidade na época do
plantio que compreende os meses de setembro e abril.

A coordenadora técnica da Aprosmat, Maria de Fátima Zorato, afirma que
praticamente todos os problemas existentes em lavouras do Estado vieram
junto com as sementes de origem duvidosa.

“A semente é um veículo de tecnologia, porém, ela carrega o patógeno. Ela é
o maior veículo de transmissão de doenças”, afirmou a coordenadora.

As chamadas Sementes Forasteiras podem conter estes patógenos os quais têm a
capacidade de transmitir doenças. Em Mato Grosso existem áreas propícias
para o desenvolvimento de patogenias.

Para o pesquisador da Embrapa Soja de Londrina (PR), Ademir Henning, a
ocorrência destas doenças pode gerar baixa produtividade e como conseqüência
desestruturação do parque sementeiro e perda de competitividade externa.

“De outro lado o produtor comprando sementes forasteiras pode adquirir
produtos não adaptados à região. Um exemplo são as “Maradonas” (sementes
contrabandeadas da Argentina) que vinham misturadas com outras espécies e
realmente não sabíamos o que vinha dentro das sacas. Há casos em que o
produtor adquiriu grãos ao invés de sementes”, revela Henning.

Os royalties, hoje pagos a empresas de fora, ficariam no Estado com a compra
do produto local e aplicados em pesquisas.

O Estado importa hoje apenas cerca de 30% de sementes, no entanto, há uns
cinco anos foi grande exportador e há expectativa para que isso deva voltar
a acontecer.

“Temos cultivares competitivas produzidas aqui, por diversas empresas, e
acredito que basta valorizarmos nosso produto que vamos conseguir atender o
Estado e exportar”, avalia o presidente da Aprosmat, Elton Hamer.

*SERVIÇO -* A cerimônia de lançamento da campanha “Sementes Forasteiras:
Produtor, não plante no escuro” será no dia 7 de março, às 19h, na sede da
Aprosmat, em Rondonópolis, e terá a presença do governador Blairo Maggi e
outras autoridades.

No lançamento haverá uma palestra abordando as pragas que podem ser
transportadas via semente, tendo como palestrante o engenheiro agrônomo e
pesquisador da Embrapa Soja de Londrina (PR), Ademir Henning, que é
especialista em Patologias de Sementes pela Universidade de Copenhagem,* *na
Dinamarca.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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