Sindicatos e associações que representam os transportadores autônomos no País planejam fazer um protesto nacional, como o que ocorreu em São Paulo esta semana e que provocou desabastecimento de combustíveis em vários postos da cidade.
Por meio de nota, o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP), Norival Almeida Silva, informou que 23 entidades de caminhoneiros estão preparando o protesto contra, segundo ele, “as restrições exageradas e outros desmandos que afetam o transportador autônomo nas grandes cidades”.
Para Silva, a estratégia dos caminhoneiros de São Paulo deu certo. “Nossa estratégia foi parar, principalmente, o segmento de transporte de combustível durante três dias. Assim, o desabastecimento do produto viria de imediato, chamando a atenção do município de São Paulo, além de alertar as autoridades das demais cidades que estão adotando a restrição desmedida a caminhões, como a região do ABCD [Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano e Diadema, na região metropolitana de São Paulo] e Osasco”.
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Em Minas Gerais, trabalhadores ligados ao Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado (Sindtanque/MG) chegaram a fazer uma paralisação e postos de Divinópolis, na região central, e Montes Claros, no norte de Minas, chegaram a ficar sem produtos para venda nas bombas.
Em Belo Horizonte, os estabelecimentos ficaram com estoques baixos. O motivo do protesto era o aumento de 12% para 15% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o diesel. Diante da promessa do governo de retomada de negociações sobre o reajuste, a categoria voltou ao trabalho.
A paralisação dos caminhoneiros paulistas começou na segunda-feira (5), como protesto à proibição imposta pela prefeitura ao tráfego de veículos pesados na Marginal Tietê e em outras vias importantes da cidade nos horários de pico. Na noite de terça-feira (06), a Justiça de São Paulo concedeu liminar determinando a retomada da entrega de gasolina, etanol e óleo diesel aos postos, com multa diária de R$ 1 milhão aos sindicatos, caso a ordem não fosse cumprida. Quarta (07), o transporte de combustíveis foi retomado.
IG/SP