A criação imediata de uma superintendência específica na Sema (Secretária de Estado de Meio Ambiente), voltada para melhorar o desenvolvimento e o fomento do setor de base florestal em Mato Groso, foi definida em reunião de representantes da base florestal, deputados e o governador do Estado Silval Barbosa (PMDB) no Palácio Paiaguás.
Além disso, ficou definida a composição de um grupo de trabalho para discutir alternativas e o estabelecimento de políticas visando impulsionar o segmento em Mato Grosso. A reunião com o governador foi resultado da audiência pública, convocada pelo deputado Percival Muniz (PPS), na semana passada.
Segundo Percival, o saldo do encontro com o governador foi positivo, pois este reconheceu a necessidade de estimular e dar mais agilidade ao setor de base florestal. E, para isso, decidiu de forma emergencial criar uma superintendência na Sema, tendo a missão de destravar o segmento, que é responsável por 6% do PIB (Produto Interno Bruto) de Mato Grosso, com área de manejo correspondente a 2,6 milhões de hectares e gera atualmente cerca de 160 mil empregos diretos e indiretos no Estado.
“Também, terá um grupo de trabalho, composto por representantes do governo, segmento e deputados, que irá trabalhar para criar alternativas e estabelecer políticas voltadas para o desenvolvimento sustentável da atividade no Estado”, disse Muniz. “A morosidade nos serviços da Sema, que autoriza e fiscaliza ao mesmo tempo, está emperrando o andamento do setor. Com esta superintendência, o setor pode começar a ganhar mais agilidade, pois estará limitando o excesso burocrático que é praticado atualmente em várias situações”.
O deputado socialista destacou que o setor de base florestal tem um grande potencial e pode dar uma contribuição maior do que já vem dando para o desenvolvimento de Mato Grosso, pois é um grande gerador de emprego, renda e divisas para o Estado.
“Incentivado, o setor pode contribuir muito mais com o Estado, pois, ao contrário da produção de grãos, por exemplo, não tem grandes isenções e gera mais empregos”, destacou Muniz, observando que esse setor precisa ser olhado com mais carinho e que se “turbinado irá viabilizar empreendimentos com base em insumos florestais, como a indústria de papel e celulose, chapas e mobiliários; incrementar a área florestal manejada e plantada, de modo a suprir demanda industrial de produtos oriundos de áreas bem manejadas. Enfim, gerará muito mais empregos, renda e divisas para Mato Grosso”, destacou Percival.
Além de deputados, o secretário de Estado de Meio Ambiente, Vicente Falcão, estavam presentes na reunião com o governador os representantes da Associação Mato-grossense de Engenheiros Florestais – AMEF; o Centro das Indústrias Produtoras e Exportação de Madeiras – CIPEM; a Associação dos Reflorestamentos de Mato Grosso – AREFLORESTA; o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso – CREA/MT; a Federação das Indústrias de Mato Grosso – FIEMT e da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT.