Após jantar privado na noite desta terça, o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), disse haver concordância da pré-candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff, para que o nome do parlamentar seja indicado como o postulante a vice na corrida pelo Palácio do Planalto. O encontro entre Temer e Dilma sela uma espécie de “noivado” entre o PT e o PMDB nas eleições nacionais de 2010. O anúncio formal do nome do deputado de São Paulo, no entanto, deve ocorrer apenas por volta de 12 de junho.
“Eu ouvi com muita alegria que a pré-candidata Dilma disse que, se eventualmente o PMDB me indicasse para vice, ela receberia com muito agrado e eu registrei que isso só poderia ser feito de fato depois que o PMDB se reunisse e depois de determinados procedimentos em que o PMDB viesse a indicar-me para o cargo. Então dependo do PMDB, mas desde já tenho, digamos assim, um apreço da pré-candidata Dilma. Não houve convite exatamente, mas houve a manifestação de apreço, a manifestação de concordância”, afirmou o deputado.
O PMDB, que deveria oficializar o nome de Temer como vice no próximo dia 15, adiou a decisão, uma vez que suas sugestões para o projeto de governo da petista ainda não estão concluídas. “Eu pessoalmente imagino, vou submeter à Executiva, que possa ser no dia 12 de junho. É uma boa data, logo no início das datas de escolha dos candidatos, quando nós então não só poderemos indicar o candidato a vice como também aprovar o programa do PMDB. Esta é a idéia principal”, disse.
Até a convenção peemedebista, ponderou o parlamentar, o PMDB já espera ter resolvido as pendências de coligações em Minas Gerais, no Pará e na Bahia, por exemplo. Na manhã desta quarta o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), se reúne com o pré-candidato ao governo do Estado, Hélio Costa (PMDB), para que o petista eventualmente confirme sua desistência na corrida pelo governo estadual e aceite disputar uma vaga no Senado em outubro.
“Nós queremos chegar à convenção do PMDB com muita tranquilidade em relação à essa aliança (presidencial). Os Estados (que têm problemas), em Minas Gerais tem que haver um ajustamento, Pará tem que haver um ajustamento, Bahia tem uma ou outra questão. O que mais? Acho que basicamente esses Estados. Minas nós teremos uma reunião amanhã. Acho que se começa a buscar uma resolução”, declarou Michel Temer.
TERRA
Laryssa Borges
Direto de Brasília
