quinta-feira, 21/11/2024
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Após cirurgia de redesignação sexual, mulher não consegue transar

 

Uma jovem mulher transgênero diz estar devastada depois de ter passado por duas cirurgias de redesignação sexual. Kia, de 26 anos, do País de Gales, afirma que a cirurgia a deixou com uma dor constante e com a uretra permanentemente exposta, motivo pelo qual ela não consegue urinar adequadamente ou fazer sexo. A jovem fala que ainda é virgem, nunca teve namorado e está desesperada por levar uma "vida normal". As informações são do “Daily Mail”.

Na cirurgia de redesignação sexual de homem para mulher, os testículos e a maior parte do pênis são removidos e a uretra é encurtada. A pele do pênis é usada para criar uma vagina. 
Em alguns procedimentos, um clitóris também é criado usando a pele da ponta da glande peniana, o que permite sensações – mas isso não foi feito corretamente no caso de Kia, que fez as duas primeiras cirurgias pelo NHS, o sistema público de saúde do Reino Unido.

Imediatamente após a primeira operação, Kia afirma ter voltado para o hospital para reclamar, mas lhe disseram que ela teria que esperar nove meses para uma revisão porque sua cirurgiã estava na licença maternidade. Depois da segunda operação, Kia diz que ficou com uma dor agonizante porque seus pontos abriram.

Foi quando ela decidiu entrar em contato com o cirurgião plástico Christopher Inglefield, da London Transgender Surgery, especialista em readequação de gênero. Ele disse a Kia que seus resultados cirúrgicos estavam entre os piores que ele já tinha visto porque qualquer possibilidade de sensação havia sido removida logo na primeira operação.

"Obviamente, os resultados da operação de masculino para feminino podem variar de paciente para paciente – mas qualquer coisa que não se assemelhe a genitais externos femininos esteticamente normais pode ter sérias implicações na qualidade de vida de alguém”, comentou o médico.

Vida arruinada

Kia admite que ela se sente como uma "concha" de seu antigo eu e preocupa-se de que ela está "muito danificada" para se recuperar completamente. Ela ainda conta que a cirurgiã que realizou as duas operações pediu desculpas e disse que desejava ter "experiência suficiente para ajudar adequadamente".

"Apesar de ficar feliz por ela ter sido capaz de ter obtido mais experiência nos últimos dois anos, eu simplesmente preferiria que ela não tivesse praticado em mim”, diz Kia, que depois de enviar fotos aos médicos, ouviu que se continuasse se comparando a outras pessoas, ela "nunca ficaria feliz".

"Eu não tenho uma boa qualidade de vida. Quando eu era mais jovem, eu sinto que tinha alguma esperança. Eu costumava olhar para frente e planejar coisas. Mas eu me sinto como uma concha de uma pessoa, apática para tudo", compara a mulher trans. "Não há alegria, não sinto que estou vivendo, apenas existindo", completa. 

Resposta da clínica

Apesar de Kia ainda não ter apresentado uma queixa oficial ao NHS, um porta-voz da Imperial College Healthcare NHS Trust já deu o posicionamento do serviço de saúde: "Lamentamos saber sobre as preocupações levantadas por esta paciente após a cirurgia. Tal como acontece com qualquer procedimento cirúrgico, podem surgir complicações, e isso é discutido com os pacientes antes da cirurgia, ocorrendo como parte do processo de consentimento. Nós incentivamos o paciente a entrar em contato conosco diretamente para que possamos abordar suas preocupações e discutir as próximas etapas".

 

Link deste artigo: http://igay.ig.com.br/2017-12-26/cirurgia-mulher-trans.html

 

Fonte: iGay – iG @ http://igay.ig.com.br/2017-12

 

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Parmenas Alt
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