A cidade de Várzea Grande será palco de mais um manifesto da sociedade que pede paz. Diego Souza, viúvo da contadora Ana Cláudia Alves da Silva, de 27 anos, morta durante um assalto e troca de tiros entre um segurança de um supermercado e assaltantes, no mês de outubro, é o organizador da mobilização “Chega de Violência”, que acontece na quarta-feira (12).
A concentração da passeata será às 17 horas, em frente à loja Todimo de Várzea Grande, na Avenida Couto Magalhães, e terá ponto final na região do Terminal André Maggi.
Por ser uma das cidades com maior número de homicídios no Estado, Várzea Grande passa por um dos momentos mais críticos dos últimos dez anos. Somente nos primeiros dias desse mês, 14 pessoas foram assassinadas, sendo a maioria ex-presidiários e usuários de drogas.
No mês de outubro, a contadora Ana Cláudia foi uma das vítimas dessa onda de criminalidade na cidade industrial. Ela fazia compras com o marido quando os bandidos trocaram tiros com o vigia e um dos disparos a atingiu. Ela morreu dois dias depois, em um hospital de Cuiabá. Ana estava grávida de um mês.
"É um protesto pela paz. Chega de tanta violência. Nós queremos, de fato, providências do poder público"
Com o intuito de mobilizar principalmente as forças de segurança do estado, Diego resolveu montar o projeto “Chega de Violência”.
“É um protesto pela paz. Chega de tanta violência. Nós queremos, de fato, providências do poder público. Eu perdi minha mulher e meu filho e até quando vamos morrer por motivos banais?”, questionou.
Reforço
Na tarde de ontem (10) tomou posse no Comando Regional II a tropa da Força Tática que irá ocupar os principais pontos críticos da segunda maior cidade do Estado.
Tendo em vista que os casos de homicídios, roubos e latrocínio tiveram um aumento de mais 100% de 2013 para este ano, a medida é focar nas regiões mais violentas de Várzea Grande, como os bairros da periferia e a região do Cristo Rei.
A Força Tática não atua na cidade desde antes do período da Copa do Mundo. Eles foram designados para cuidar de manifestos e outros atos que pudessem arruinar o evento.
Dos 84 policiais que trabalhavam em Várzea Grande, apenas 46 retornaram, mas segundo o Comando Geral da PM, até 2015 esse número será dobrado.
midianews