Sobre a realidade confortadora e salvífica da Profecia de Deus, contida no Apocalipse, em 3 de abril de 1991, na cidade do Rio de Janeiro/RJ, tive a oportunidade de, pregando, dirigir-me aos que me honravam com a sua atenção, nestes termos: A Profecia serve para alertar, fortalecer e dar esperança. Ela assusta apenas os que não a querem estudar sob a Intuição de Deus, os quais, por isso, vivem atemorizados. O Apocalipse de Jesus não foi feito para apavorar com os caminhos obscuros do mistério, mas para iluminar as estradas da nossa vida, porque Apocalipse significa Revelação. E, como é Revelação, mostra-nos o que estava oculto. E, se descobrimos o que estava encoberto, perdemos o temor das coisas. O desconhecimento é o pai e a mãe da ignorância, a geradora do medo. Ao nosso encontro vêm essas confortadoras palavras da destemida religiosa mineira Madre Teresa de Jesus [do Brasil] (1898-1982): “A nossa dimensão profética tem que ser capaz de dar uma resposta que o tempo pede. E essa resposta tem que aparecer mesmo no meio de muita dor e contradição. Não podemos ser covardes. O medo não vem de Deus. É na fortaleza do Espírito Santo que está a nossa coragem“. (O destaque é meu.) E o sacerdote católico chileno Pablo Richard, licenciado em Sagrada Escritura pelo Pontifício Estudo Bíblico de Roma e doutor honoris causa de Teologia da Faculdade Livre de Teologia Protestante de Paris, inspiradamente concluiu: “O Apocalipse nos revela o sentido da história para manter vivas a esperança e a utopia, não para semear o medo e o terror“.
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor