“É preciso libertar sem condições os soldados seqüestrados”, declarou durante uma entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert. “Farei o que estiver em meu poder para obter a libertação”, acrescentou.
Annan chegou hoje pela manhã a Ramallah para se reunir com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas. O escritório da Presidência palestina informou que Abbas e Annan falarão sobre os últimos eventos na região.
Ainda em Israel, o secretário-geral da ONU pediu que Israel suspenda o bloqueio aéreo e marítimo que mantém sobre o Líbano. “Acredito realmente que o bloqueio deve ser suspenso”, disse. “Isto é importante por causa das conseqüências econômicas, mas também é primordial para reforçar o governo democrático do Líbano, com o qual Israel afirma regularmente não ter problemas”, destacou Annan.
Annan concluiu sua visita a Israel com um encontro com a ministra das Relações Exteriores Israelnse, Tzipi Livni, que durou mais que o previsto. Na saída, os dois líderes expressaram seu desejo de que esta crise permita chegar a um amplo acordo de paz entre Israel e Líbano.
Apesar do fim das hostilidades em vigor desde 14 de agosto, depois de 34 dias de combates sangrentos contra o Hezbollah, Israel mantém um bloqueio ao país vizinho, proibido pela resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU que possibilitou o cessar-fogo.
O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, manifestou o desejo de estabelecer contatos diretos com o governo libanês. “O povo de Israel não está em conflito com o governo libanês e espera que as condições mudem rapidamente para permitir contatos diretos entre o governo de Israel e o governo do Líbano com o objetivo de alcançar em breve um acordo entre os dois países”, declarou o premier.
França na força de paz
O primeiro-ministro da França, Dominique de Villepin, afirmou nesta quarta-feira que seu país seguirá atuando com todo o empenho no Líbano e participará na busca de uma solução duradoura para o conflito.
“Com a resolução 1701, aprovada por unanimidade, a intervenção decidida pelo presidente da República dá prioridade a uma saída política”, declarou o premier aos embaixadores franceses reunidos em Paris para um encontro anual.
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