quinta-feira, 19/09/2024
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Aneurisma cerebral as vezes nem aprsentam sintomas

Quando um vaso sangüíneo do cérebro apresenta dilatação e forma uma bolha, caracteriza-se o aneurisma cerebral. A parede da artéria enfraquecida e dilatada pode se romper, resultando no vazamento de sangue para um local do cérebro chamado “espaço subaracnóide”. Esse episódio é popularmente conhecido como derrame.

Quase um terço dos casos de hemorragia resulta em morte e, mesmo quando o paciente sobrevive, podem acontecer outras rupturas. O risco de falecimento vai aumentando a cada novo episódio.

Um aneurisma cerebral pode ser adquirido ou congênito, nesse último caso, o bebê já nasce com a doença e, ao longo da vida, um dos vasos pode se romper. Quando a enfermidade é adquirida, as causas podem ser lesões cerebrais decorridas de acidentes; hipertensão e pelo depósito excessivo de gordura nas artérias. A ruptura do aneurisma pode ocorrer em qualquer idade, porém é mais freqüente entre 40 e 60 anos.

Os fatores de risco são parentesco de sangue próximo ao de alguém que já teve aneurisma, principalmente irmãos; hipertensão arterial, dislipidemias (alteração do colesterol e triglicerídeos), doenças do colágeno, diabete melito (açúcar no sangue) e fumo.

Sintomas
Quando ocorre a ruptura do vaso sangüíneo, o sintoma mais comum é uma intensa dor de cabeça, acompanhada de vômitos, convulsões e perda de consciência. Pode acontecer a ptose palpebral (queda súbita da pálpebra) ou perda progressiva da visão. Depois de algum tempo, o paciente pode desenvolver ainda uma forte dor na nuca, com rigidez dessa musculatura (sintoma comum na meningite). O sangue da cabeça pode escorrer para a coluna e “irritar” as raízes nervosas, provocando dor nas costas e pernas. Em seguida, o paciente pode entrar em coma.

Quando não há o rompimento do aneurisma cerebral, o portador pode ter insuficiência localizada de irrigação sangüínea (isquemia cerebral) de repetição. Isso ocorre devido à formação de pequenos coágulos dentro do saco aneurismático que acabam sendo liberados para a corrente sangüínea e “entupindo” pequenas artérias. Esses pacientes não costumam sentir dor de cabeça, mas pode haver queda da pálpebra.

O diagnóstico é feito através de angiografia cerebral digital ou uma angiografia por ressonância magnética. A tomografia computadorizada do encéfalo só aponta aneurismas quando eles são muito grandes.

Tratamento com cirurgia ou microcirurgia
Uma das formas de tratar a doença é através da cirurgia que consiste em abertura do crânio e bloqueio da bolha com grampos metálicos. Porém, dependendo da localização do vaso sangüíneo dilatado e do estado de saúde do paciente, essa intervenção pode ser muito perigosa.
Segundo o neurocirurgião Paulo Passos Filho, chefe da neurorradiologia intervencionista dos Hospitais Mãe de Deus e Beneficência Portuguesa de Porto Alegre (RS), existe, hoje, um outro método, chamado embolização endovascular, que consiste na introdução de um catéter pela virilha do paciente, contento pequenas estruturas maleáveis, feitas de platina, chamadas de molas ou espirais.
“Esse catéter percorre um longo caminho no corpo humano até chegar ao aneurisma cerebral. As molas são colocadas dentro da dilatação até preencher todo o seu espaço. A técnica endovascular representa uma alternativa menos dolorosa no tratamento da enfermidade, além disso pode ser realizada em qualquer período após a hemorragia”, explica o Dr. Paulo Passos.
No caso de aneurismas que ainda não romperam, o neurocirurgião diz que pode ser aplicado como tratamento tanto a cirurgia convencional, como a embolização. A vantagem para esses pacientes é que eles não estão debilitados, como os que já tiveram o derrame.

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Parmenas Alt
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