MDB abre espaço às mulheres visando fortalecer eventual candidatura de Janaína ao governo
A suplente Flavinha (MDB) assume a cadeira do correligionário Juarez Costa, que se licencia por quatro meses. Com ela sobe para três o número de deputadas, num cenário predominantemente masculino, com seis cadeiras. Assim, a composição da representação da população mato-grossense aproxima-se daquela eleita em 2002, com Teté Bezerra (PMDB), Celcita Pinheiro (DEM) e Thelma de Oliveira (PSDB) e a suplente Thaís Barbosa (PMDB). A posse de Flavinha pode ser parte de articulação com vistas a 2026.
Flavinha é o nome parlamentar da vereadora por Colíder, ex-presidente da Câmara e advogada Ana Flávia Rodrigues Ramiro, nascida naquela cidade distante 640 km ao Norte de Cuiabá. Para que ele chegasse ao plenário seu partido recebeu o aval de seus dois primeiros suplentes, Carlos Bezerra e Valtenir Pereira, respectivamente. Nos bastidores políticos a ida de Flavinha para Brasília é vista como forma de fortalecimento da ala emedebista feminina, de olho em 2026, quando a presidente em exercício da Assembleia Legislativa Janaína Riva poderá disputar o governo, como a mesma admite.
A bancada na Câmara dos Deputados ocupa duas cadeiras com Amália Barros e a Coronel Fernanda, ambas filiadas ao PL. Na legislatura anterior havia somente uma mulher, Rosa Neide (PT), que não se reelegeu. O período com maior presença feminina foi na legislatura de 2003 a 2006, quando Celcita Pinheiro foi reeleita e Thelma eleita, mas esse número dobrou com Teté Bezerra e Thaís Barbosa. Teté chegou ao cargo com a cassação de seu correligionário Rogério Silva, e Thaís pelo sistema de rodízio parlamentar – o mesmo que leva Flavinha ao poder.
Ao contrário de 2002, quando as deputadas eram integrantes da chamada familiocracia política, as atuais não têm esse vínculo: Thelma era casada com Dante de Oliveira, que foi deputado estadual, deputado federal, prefeito de Cuiabá, ministro de Estado e governador; Celcita era mulher de Jonas Pinheiro que exerceu mandatos de deputado federal e senador; Carlos Bezerra, que foi deputado estadual, deputado federal, prefeito de Rondonópolis, governador e senador, é marido de Teté; e Thaís era apoiada pelo marido José Amando Barbosa, que foi deputado estadual.
Teté foi deputada estadual, exerce o cargo de secretária estadual de Agricultura Familiar e foi secretária estadual de Turismo no governo de Silval Barbosa. Telma foi prefeita de Chapada dos Guimarães. Thaís foi prefeita de Tangará da Serra e deputada estadual constituinte.
SENADO – Mato Grosso não elegeu senadora, mas a empresária Margareth Buzetti (PSD), primeira suplente de Carlos Fávaro (PSD) ocupa sua cadeira em razão de sua nomeação para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento pelo presidente Lula da Silva.
Na suplência do senador Jayme Campos (UB) há somente um nome: Cândida Farias (MDB), que é viúva do ex-governador Wilmar Peres de Faria; o primeiro suplente de Jayme, Fábio Garcia (UB) elegeu-se deputado federal em 2022.
Wellington Fagundes (PL) reelegeu-se senador com o primeiro suplente Mauro Carvalho (UB) e com a segunda suplente Rosana Martinelli (PL), que foi vice-prefeita e prefeita de Sinop.
Com DiáriodeCuiabá