O país já contabiliza mais de 13 milhões de infectados e 337 mil óbitos
Com o agravamento da pandemia do novo coronavírus no Brasil e a vulnerabilidade dos gestores públicos no enfrentamento à emergência epidemiológica, o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios – AMM, Neurilan Fraga, solicitou ao ministério da Saúde a autorização para que os municípios contratem, de forma excepcional, médicos brasileiros ou estrangeiros formados em outros países e que não fizeram o Revalida. O país já contabiliza mais de 13 milhões de infectados e 337 mil óbitos pela covid-19, que tende a fazer ainda mais vítimas, considerando o colapso no sistema de saúde na rede pública e particular.
Fraga explica que a solicitação visa garantir atendimento aos pacientes contaminados e evitar ainda mais óbitos neste momento crítico, em que não se encontram médicos para serem contratados pelas prefeituras. “A dificuldade de contratar os profissionais de saúde é ainda maior em municípios médios, pequenos e distantes dos grandes centros urbanos”, assinalou.
O mesmo pedido foi encaminhado ao presidente da Comissão Temporária da Covid-19 no Senado, senador Confúcio Moura, e ao relator da comissão, senador Wellington Fagundes. “Nesse momento precisamos usar de todas as armas que temos para combater esse vírus, que já vitimou, de forma fatal, mais de 300 mil pessoas no país. Evidentemente o ministério da Saúde deve tomar todas as precauções necessárias, como a capacitação desses profissionais, a exemplo do que já ocorreu com os médicos cubanos que prestaram bons serviços no Brasil através do programa Mais Médicos num passado muito recente”, frisou.
Fraga explica que entende a reação contrária das entidades representativas da classe médica do país, porém reforça que a proposta é que a autorização seja de forma excepcional e por tempo limitado. “Enquanto não temos uma vacinação em massa da população, precisamos tomar outras medidas que ajudem na diminuição do número de contaminados, e de forma especial de óbitos, com a redução da taxa de ocupação dos leitos de UTIs”, frisou.
A AMM está também mobilizando o governo federal, por meio do ministério da Defesa, para garantir a fiscalização do cumprimento das medidas de controle estabelecidas pelos decretos e a efetiva operacionalização das vacinas nos municípios. Em ofício encaminhado ao ministro Walter Braga Netto e ao Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Tenente – Brigadeiro Raul Botelho, a AMM reivindica a presença de membros das Forças Armadas para auxiliar os gestores neste momento de emergência em saúde.