Os países da América do Sul terão recursos da ordem de US$ 49 milhões do Plano Hemisférico para a Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA) para fortalecer seus programas nacionais de eliminação da doença. O objetivo é erradicar a aftosa do continente americano em cinco anos, a partir de 2005.
No Brasil, o dinheiro será destinado para ações em regiões de risco desconhecido na Amazônia e no Nordeste. Em projetos bi ou trinacionais de fronteira, os recursos serão distribuídos entre a região Andina, Cone Sul, Sub-Região Amazônica e Brasil não Amazônico.
O presidente do Grupo Interamericano para a Erradicação da Febre Aftosa (Giefa) e do Conselho Nacional de Pecuária de Corte, Sebastião Guedes, enfatizou os esforços do Brasil para eliminar a doença. “É uma oportunidade ímpar para a discutir o tema”. Philip Bradshaw, coordenador da missão norte-americana, afirmou que seu país dará toda a assistência para que o Brasil consiga erradicar a febre aftosa.
O diretor interino do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Jamil Gomes de Souza, apresentou um histórico do combate à febre aftosa no Brasil e o atual panorama das ações implementadas para erradicar a doença. Destacou o compartilhamento de responsabilidades entre os governos Federal, estaduais e municipais.
INICIATIVA PRIVADA – Entre os fatores apontados pelo diretor para eliminar a aftosa do território brasileiro estão a participação efetiva do setor privado no programa de erradicação, desde o planejamento até à execução e avaliação dos resultados, melhoria da qualidade da vacina e o conseqüente ganho na proteção dos animais e aplicação do conceito de sanidade animal para a eliminação de focos.
Gomes de Souza informou ao grupo que no ano passado foram registrados 35 focos de febre aftosa no Brasil e que 81% de todo o rebanho brasileiro (de cerca de 200 milhões de cabeças) estavam situados em zona livre de febre aftosa com vacinação, abrangendo 15 Estados.
Em outubro, quando surgiu o primeiro foco da doença em Mato Grosso do Sul, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) derrubou o status sanitário dos 15 estados.
Cerca de 32 mil bovinos foram eliminados em Mato Grosso do Sul.