quinta-feira, 07/11/2024
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Amanda Miranda, 27 anos, tem saúde de sobra. Sem trocadilho

O rosto é suave, de uma placidez quase angelical, e os gestos comedidos, bem-educados. A serenidade de Amanda é resultado de sua total transparência e sinceridade – e de uma postura equilibrada, aparentemente sem segredos. Mas quando o assunto ultrapassa a barreira do habitual, do “seguro”, é possível notar uma ligeira alteração na cor da pele, um calor subliminar, que de repente se mostra na curva das maçãs e a torna ainda mais bonita.

Vem daí, talvez, a desenvoltura dessa modelo/triatleta/nutricionista de 27 anos, ao posar só de calcinha. Diante das lentes, sua porção modelo se sobressai – mais que isso: sobressai seu lado menos reservado (ou que reserva apenas às famosas “quatro paredes”). O que era uma sensualidade contida torna-se uma atitude abertamente sexy, convidativa.

Tudo começou aos 15 anos, de acordo com o figurino: um olheiro a viu num shopping, ao lado da avó, e em pouco tempo ela vencia o concurso Ford Models. Seu mundo de bailarina dedicada ruía, enquanto começava uma bem-sucedida carreira de modelo, levando-a ao tradicional circuito Tóquio, Milão, Londres e Nova York.

A bicicleta – esse que para ela é um verdadeiro objeto de prazer – só cruzou sua vida há três anos. Nem sabia pedalar quando comprou a primeira, mas foi amor imediato. “Nada mais gostoso do que sentir a descarga de endorfina e adrenalina quando a gente pedala. E ainda tem a paisagem e a energia positiva dos amigos que treinam comigo”, assegura. Nada? E ela ri, mostrando os dentes perfeitos e um jeito de menina: “Não, claro, não chega a esse ponto”.

“Esse ponto” surgiu com o primeiro namorado em Itajaí, Santa Catarina. Ela tinha 16 e “foi tudo muito natural”. Depois de dois anos conheceu Arlindo, um empresário triatleta e passou a viver com ele. “Ele que estimulou esse meu lado ciclista, nadadora e corredora.” Hoje, separada há um ano e morando sozinha num apartamento nos Jardins, nem pensa em se envolver de novo. Por enquanto.“Ah, fico com uns garotos de vez em quando, mas nada me pegou de verdade.” (Quem acha que tem chances com a moça, pode tentar encontrá-la no D-Edge, aonde ela costuma ir para dançar música eletrônica.)

A nutrição é outra de suas paixões. Um acidente a levou aos estudos. Com medo de engordar (ela tem 1,77 m e pesa 60 kg), comia muito pouco, até que desmaiou no banheiro e ganhou uma pequena e atraente cicatriz no canto da boca. “Já gostava de medicina e saúde, mas optei pela nutrição a partir daí.” Aplicada, se formou e fez pós em nutrição funcional. Trabalha numa clínica de estética, atendendo atletas e pessoas com problemas de obesidade, anorexia, diabetes, hipertensão. Além disso dá palestras sobre alimentação saudável em empresas (é fácil imaginar a expressão dos funcionários que dão de cara com Amanda e sua – também bela – sócia, Bia).

Curiosamente, Amanda é alheia ao cicloativismo e morre de medo de andar de bicicleta: “A cada tombo eu digo pra mim mesma que nunca mais vou pedalar, mas não adianta, já virou vício, eu adoro esse esporte”. Para ilustrar os riscos que corre sobre o selim – ela treina duas vezes todos os dias, inclusive fins de semana – ela arregaça a manga e mostra o cotovelo, todo ralado. Tem também uma cicatriz no quadril, que mal dá para ver nas fotos, mas marca um acidente do tipo “caos total”, como ela diz. Há um ano também rompeu três ligamentos, quando se preparava para uma prova de triathlon endurance, com cerca de cinco horas e meia de duração.

Sua especialidade é o triathlon “short” – como o nome diz, mais curto, para o qual é preciso ter mais velocidade. São provas de alta intensidade: 750 m nadando, 20 km pedalando e 5 km correndo. No momento, além do mestrado sobre suplementação para atividade física, ela se prepara para correr a meia maratona de Buenos Aires em setembro, e antes, em agosto, o Troféu Brasil de “Short”. Sonha em casar e ter três filhos, mas não gosta de fazer planos. Ainda mais porque sua barriga é a parte do corpo de que mais gosta. Olhando as fotos, é difícil não concordar. Mas e as pernas? E as costas? E…? Só resta mesmo dizer, num misto de brinde à beleza e admiração: saúde!

Coordenação Geral Adriana Verani Produção Flavia Fraccaroli Estilo Drica Cruz/ABA MGT Produção de moda Mirtis Jurado Make&Hair Paulo Ávila Assistente de foto Bruno Vieira Créditos: American Apparel – Loungerie Intimates – Julia Aguiar

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Parmenas Alt
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A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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