Quarenta alunos portadores de necessidades especiais matriculados nas escolas da Rede Municipal de Ensino de Várzea Grande e que estão nas unidades especializadas e Sociedade Pestalozzi lotaram as salas da Igreja Presbiteriana do Brasil, na Avenida Couto Magalhães, para iniciar o curso de Técnicas de Empacotamento e Reposição, realizado pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Várzea Grande (Smec/VG), em parceria com a rede de lojas de materiais para construção Todimo, Igreja Presbiteriana e Centro de Habilitação Profissional.
No primeiro dia de aula os alunos foram apresentados aos profissionais do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), e receberam explicações de como o curso será ministrado. A professora do Senac, Maria de Fátima, explicou que a metodologia a ser aplicada atingirá o objetivo específico do curso. “O método de estudo será feito com apresentação de figuras, dinâmicas, apresentação de material concreto e trabalhos em grupo”.
Maria de Fátima disse que os profissionais do Senac estão satisfeitos em capacitar os alunos com necessidades especiais. “A Smec/VG juntamente com o Senac e empresários vão qualificar os alunos para o mercado de trabalho de forma que eles tenham a oportunidade de colocar em prática o que aprenderam, já que existe uma rede de supermercados que apóia a iniciativa de inserir em seu quadro funcional jovens especiais, porém aptos a desenvolver estágios supervisionados, após o curso”.
Esta é a primeira vez que alunos da Escola Municipal de Ensino Básico “Antônio Salústio Areias”, do bairro Capela do Piçarrão, estão participando da capacitação. São sete alunos entre 14 e 23 anos de idade. Segundo a coordenadora da escola, Abadia Fátima Bezerra, os alunos tem excelente capacidade intelectual e o curso ajudará a desenvolver o potencial de cada um. “Os alunos são espertos e esta oportunidade da Secretaria é positiva para que o grupo amplie seu conhecimento e em seguida possa colocá-lo em prática”.
O aluno da 4ª série Marcelo Júnior, 14 anos, pretende colocar o que aprendeu em prática no seu primeiro emprego. “Quero aprender para trabalhar e ganhar dinheiro para montar meu quarto”, explica.
Neste ano, a probabilidade de emprego é de 70%, sendo que as empresas têm, por lei, a obrigação de preencher 5% de seu quadro funcional com portadores de necessidades especiais qualificados para o trabalho. Em 2006, cerca de nove alunos foram empregados por meio do Projeto de Inclusão que promove a democratização nas comunidades e contribui para a formação dos cidadãos.
A Smec/VG tem como prioridade capacitar todos os interessados. O curso está aberto aos estudantes de necessidades especiais de escolas estaduais, municipais, particulares e instituições com vista ao encaminhamento ao mercado de trabalho.