domingo, 22/12/2024
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Alto custo de produção e cenário instável são fatores que requerem monitoramento durante a safra 2016/17

Os produtores rurais de Mato Grosso negociaram seus insumos para a safra 2016/17  com o dólar a US$ 3,66, em média. Hoje, a moeda norte-americana está em torno de US$ 3,19, ou seja: as compras foram feitas com um valor mais alto do que as sacas de soja estarão sendo comercializadas atualmente. Este foi o cenário apresentado por Daniel Latorraca, superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), nesta quinta (22), durante o lançamento oficial da safra de soja do projeto Soja Brasil, em Sinop.

 

“O produtor planejou a safra em um cenário instável e está sendo desafiadora. Há risco porque ainda há muito a ser comercializado”, afirmou Latorraca. De acordo com o Imea, apenas 27% da safra foram comercializados até o momento. O custo de produção está em US$ 920,00 por hectare, o que leva o agricultor à necessidade de produzir 53 sacas por hectare, no mínimo, para estar na faixa limite.

 

“Não podemos arriscar, nem errar. O produtor precisa ter atenção na implantação da lavoura para garantir boa produtividade”, alertou Endrigo Dalcin, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja). Ele também salientou que não há muita disponibilidade de sementes e, por isso, é preciso evitar plantar “no seco” e perder a lavoura. “Essa é a nossa safra mais importante. A segunda safra é consequência desta”, destacou Endrigo.

 

O presidente da Aprosoja também aproveitou a presença do ministro interino da Agricultura, Eumar Novacki, e do secretário de Política Agrícola, Neri Geller, para falar sobre a necessidade de prorrogação de custeio para alguns produtores rurais que tiveram frustração de safra de milho. “Houve quebras regionais e precisamos dar apoio a estes produtores para que a próxima safra não seja comprometida”, disse.

 

Novacki garantiu que haverá desburocratização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para incentivar o setor produtivo. “Queremos transformar a pujança do agronegócio brasileiro em qualidade de vida, empregos e renda”, afirmou. Neri Geller informou que os pagamentos de seguro rural estão em dia e que o custeio passou de R$ 1,2 milhão para R$ 1,8 milhão. “Estamos trabalhando muito e os resultados já estão aí”, disse.

 

O chefe geral da Embrapa Agrossilvipastoril, Austeclínio Lopes de Farias Neto, elogiou o tema “custo de produção” escolhido para o evento. “A produção agrícola é feita de vários fatores e, com as palestras realizadas nos dois dias, podemos ver como reduzir estes custos”, disse.

 

Um incentivo para os agricultores produzirem mais é o Desafio da Máxima Produtividade, do Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), que foi lançado durante o evento. O presidente do Cesb e diretor técnico da Aprosoja, Nery Ribas, apresentou os números dos vencedores deste ano, que chegaram a produzir até 142 sacas por hectare. “É preciso voltar a fazer agricultura, cuidar das lavouras, dos manejos corretos e, assim, conseguiremos avançar na produtividade”, afirmou.

 

Participaram também da abertura oficial o senador por Mato Grosso, Wellington Fagundes, o deputado federal Nilson Leitão, o presidente da Aprosoja Brasil, Marcos da Rosa, o presidente do Sistema Famato, Rui Prado, o diretor financeiro da Aprosoja e presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antônio Galvan, e o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Soja, Alexandre Cattelan.

 

 

 

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Parmenas Alt
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