A alta no diesel, em vigor desde 7/11, gerará impacto de R$ 260 milhões no agronegócio de Mato Grosso, aponta estudo do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O diesel é o principal combustível utilizado na agricultura mato-grossense. Para mensurar os impactos do aumento, o instituto verificou analisou o custo do frete no transporte com calcário e fertilizantes e no transporte de grãos.
“Esse aumento penaliza duas vezes o agricultor de Mato Grosso. Primeiro, dentro da propriedade, já que usamos o diesel no maquinário. E depois também na logística, cujos custos no estado já são exorbitantes devido à ineficiência”, observa Ricardo Tomczyk, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja).
O percentual médio de aumento do preço do diesel é de 5,5% em Mato Grosso. Por isso, o valor do frete poderá ser reajustado em 2,8%. No transporte de fertilizante e calcário, segundo o Imea, o impacto no valor total a ser gasto poderá ser de R$ 37,5 milhões.
O instituto revela também que o custo total de produção da soja teve aumento de 0,15%, uma elevação dos gastos dos produtores rurais de R$ 31,5 milhões. Já para o milho, a elevação foi de 0,13%, impacto de R$ 8,2 milhões no custo de produção. No total da produção destes grãos, o impacto poderá ser de R$ 39,7 milhões.
Em relação ao frete, com o aumento médio de 2,8% no custo, a elevação de gastos para os produtores de soja e milho pode girar em torno de R$ 183,5 milhões, revela o estudo do Imea. O maior impacto vem do transporte de grãos, que significa 70% do total.