O sal que vem nos alimentos enlatados contém iodo?
“Acredito que não, por três razões”, disse Joseph H. Hotchkiss, professor de ciências alimentares da Cornell University em Ithaca, Nova York.
Primeiro, disse ele, “não existe defasagem de iodo na dieta americana”. Mas isso nem sempre foi assim, disse ele. No século XIX, “se você vivesse em determinadas regiões dos Estados Unidos, longe do mar, e comesse somente alimentos locais, você teria probabilidade alta de sofrer de um crescimento anormal da tireóide, chamado de bócio”, devido à deficiência de iodo.
“Hoje”, continuou Hotchkiss, “as deficiências são comuns nos Andes, no Peru. O bócio ocorre em sua pior forma, causando também retardos mentais em bebês, o que é observado com frequência. Quando você imagina as fotos dos Andes chilenos, restringir-se a somente alimentos locais não parece ser uma boa ideia.”
Nos Estados Unidos, o iodeto de potássio é comumente acrescentado ao sal como uma medida preventiva, disse o professor. Mesmo se você não comprar sal puro, “se você ingerir uma dieta abrangente, você não pode evitá-lo”, pois “tudo que vem do ambiente marinho tem uma quantidade substancial de iodo.”
A segunda razão para não usar sal com iodo em enlatados comerciais é o possível custo. A terceira é a necessidade de rotulá-lo como um aditivo, explicou Hotchkiss. Existe alguma preocupação de que a dieta americana seja rica demais em iodo, ele disse, mas os níveis teriam de ser bastante altos para representar um risco.
g1
