quinta-feira, 21/11/2024
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Algoritmos e o estimulo a desinformação digital

A maioria de n&oacutes tem a tend&ecircncia a compartilhar informa&ccedil&atildeo que seja compat&iacutevel com as nossas cren&ccedilas, mas, quando o assunto s&atildeo as &uacuteltimas not&iacutecias, o desejo que ela seja imparcial e segura nos coloca numa sinuca de bico. Ser&aacute que tudo o que recebemos s&atildeo resultados confi&aacuteveis ou apenas resultados dos algoritmos?

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Este conjunto de regras l&oacutegicas, definido por um programador, que permite solucionar problemas matem&aacuteticos, coloca em debate se a m&iacutedia que voc&ecirc consome &eacute relevante ou apenas algoritmos que decidem o que vamos ler?

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Um estudo recente da Proceedings para a Academia Nacional de Ci&ecircncia dos U.S.A. revelou que a propaga&ccedil&atildeo de conte&uacutedo nas redes sociais, por exemplo, ocorre dentro da chamada c&acircmara de eco.

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Isso significa que as not&iacutecias compat&iacuteveis com suas ideias e opini&otildees s&atildeo publicadas na sua timeline, ou seja, se voc&ecirc consome conte&uacutedo culin&aacuterio, a chance de aparecer noticias relacionadas a isso &eacute maior do que para mim, que n&atildeo frito nem um ovo.

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Quando curtimos ou compartilhamos conte&uacutedos que acreditamos ser relevantes nas redes sociais, viramos apenas repetidores de informa&ccedil&otildees semelhantes. Desse jeito diminui a capacidade de aprendermos sobre assuntos novos, a diversidade digital n&atildeo acontece, e ainda recebemos alguma informa&ccedil&atildeo que n&atildeo procede, como a morte de um artista que esta super vivo.

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O fen&ocircmeno da desinforma&ccedil&atildeo digital &eacute t&atildeo nocivo na Internet, que o F&oacuterum Econ&ocircmico Mundial classificou o conte&uacutedo viral como uma das maiores amea&ccedilas &agrave sociedade moderna. Ainda que n&atildeo acredite que seja t&atildeo prejudicial assim, imagine se recebesse um artigo, com riqueza de detalhes, dizendo que o Estado Isl&acircmico bombardeou o Brasil e isso viralizasse acredite, os efeitos disso poderiam ser devastadores.

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Consumir mais informa&ccedil&atildeo, hoje em dia, n&atildeo &eacute sin&ocircnimo de progresso. Caso contr&aacuterio, com toda a informa&ccedil&atildeo rolando na Internet sobre os malef&iacutecios da batata frita e da Coca-Cola, ter&iacuteamos mais saud&aacuteveis, o que n&atildeo acontece.

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E como sair da c&acircmara de eco? Consumir conte&uacutedo de v&aacuterias fontes, fazer perguntas fora das redes sociais e questionar se aquela informa&ccedil&atildeo que recebeu procede. Sites como o boatos.org, outras redes sociais e site como o mediun podem ajudar a estar informado de maneira consciente.

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A Internet &eacute um universo destinado ao pluralismo, mas repleto de algoritmos que podem estimular desinforma&ccedil&atildeo, filtrando demais seu conte&uacutedo e colocando em xeque o que realmente &eacute relevante ou n&atildeo na Internet. Pense Nisso!
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Maria Augusta Ribeiro. Profissional da informa&ccedil&atildeo, especialista em Netnografia, escreve para o Belicosa.com.br e &eacute Coordenadora de Comunica&ccedil&atildeo da BPW Brasil.

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Parmenas Alt
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