domingo, 22/12/2024
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Alfabetizadas mais cedo, crianças vão exercitar empatia e diálogo nas escolas

As crian&ccedilas ser&atildeo alfabetizadas mais cedo, ter&atildeo aulas de ingl&ecircs e dever&atildeo exercitar a empatia, o di&aacutelogo e o respeito &agrave diversidade em todas as escolas brasileiras. Essas s&atildeo algumas das defini&ccedil&otildees apresentadas nesta quinta-feira (6), pelo Minist&eacuterio da Educa&ccedil&atildeo (MEC), na terceira e &uacuteltima vers&atildeo da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

De acordo com o documento &ampndash que foi apresentado com atraso, j&aacute que deveria ser homologado em junho de 2016 &ampndash at&eacute o 2&ordm ano do ensino fundamental, geralmente aos 7 anos, os alunos j&aacute dever&atildeo ser capazes de ler e escrever. Al&eacutem disso, aprender&atildeo conte&uacutedos de estat&iacutestica e probabilidade, completando portanto o processo de alfabetiza&ccedil&atildeo. Hoje, as escolas procuram deixar as crian&ccedilas alfabetizadas no final do 3&ordm ano do ensino fundamental.

De acordo com o estabelecido pela BNCC, na educa&ccedil&atildeo infantil, que vai at&eacute os 5 anos, ser&aacute desenvolvida nos alunos a &quotoralidade e a escrita&quot. O conte&uacutedo come&ccedila a ser introduzido aos poucos. At&eacute 1 ano e 6 meses, as creches dever&atildeo garantir, por exemplo, que as crian&ccedilas reconhe&ccedilam quando s&atildeo chamadas pelo nome ou demonstrem interesse ao ouvir a leitura de poemas e a apresenta&ccedil&atildeo de m&uacutesicas.

Aos 7 anos, no 2&ordm ano do ensino fundamental, as escolas dever&atildeo garantir que os estudantes saibam escrever bilhetes e cartas, em meio impresso e digital – e-mail, mensagem em rede social. Devem tamb&eacutem ler, com autonomia e flu&ecircncia, textos curtos, com n&iacutevel adequado, silenciosamente e em voz alta.

A matem&aacutetica tamb&eacutem dever&aacute estar presente na forma&ccedil&atildeo desde cedo. At&eacute os 7 anos, os estudantes ter&atildeo acesso a conte&uacutedos de probabilidade e estat&iacutestica. Saber&atildeo, por exemplo, coletar, classificar e representar dados em tabelas simples e em gr&aacuteficos de colunas, al&eacutem de classificar eventos cotidianos como pouco ou muito prov&aacuteveis, improv&aacuteveis e imposs&iacuteveis.

&quotEstamos alinhando o Brasil a outros pa&iacuteses e ao pr&oacuteprio setor privado do pa&iacutes. N&atildeo queremos que a crian&ccedila da escola p&uacuteblica n&atildeo tenha o mesmo direito hoje da crian&ccedila de escola privada&quot, diz a secret&aacuteria executiva do Minist&eacuterio da Educa&ccedil&atildeo, Maria Helena Guimar&atildees de Castro, que presidiu, nos &uacuteltimos meses, o comit&ecirc respons&aacutevel pela finaliza&ccedil&atildeo da base.

A BNCC, em si, n&atildeo &eacute um curr&iacuteculo obrigat&oacuterio, mas um documento que cont&eacutem os objetivos de aprendizagem esperados para os estudantes de todas as escolas, em cada ano escolar.

A ideia &eacute que todos os alunos &ampndash sejam de escola p&uacuteblica ou particular &ampndash tenham a mesma base de conhecimento em cada uma das etapas da forma&ccedil&atildeo acad&ecircmica. Ser&aacute a partir desse documento que todas as escolas brasileiras v&atildeo definir seus pr&oacuteprios&nbsp&nbspcurr&iacuteculos.

Empatia, ingl&ecircs e hist&oacuteria

A BNCC tamb&eacutem determina que o ensino da hist&oacuteria mundial e brasileira seja feito de maneira cronol&oacutegica. Al&eacutem disso, o ingl&ecircs passa a ser a l&iacutengua estrangeira obrigat&oacuteria para todas as escolas brasileiras, sendo lecionado a partir do 6&ordm ano do ensino fundamental. As escolas que quiserem lecionar, al&eacutem dessa, outras l&iacutenguas estrangeiras ou antecipar o aprendizado da l&iacutengua inglesa t&ecircm total liberdade para tanto.

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Al&eacutem disso, a Base estipula tamb&eacutem dez compet&ecircncias que os alunos devem trabalhar no decorrer desua forma&ccedil&atildeo. A maneira como elas ser&atildeo trabalhadas vai variar de acordo com o escolhido por cada escola particular ou por cada munic&iacutepio ou estado, no caso das escolas p&uacuteblicas.

Tais compet&ecircncias envolvem o desenvolvimento do senso est&eacutetico para manifesta&ccedil&otildees art&iacutesticas e culturais o exerc&iacutecio da curiosidade intelectual para formular e resolver problemas e a valoriza&ccedil&atildeo dos conhecimentos sobre o mundo f&iacutesico, social e cultural.

Al&eacutem disso, os estudantes devem ser aptos a utilizar conhecimentos de diferentes linguagens para se comunicar saber utilizar tecnologias digitais de comunica&ccedil&atildeo e informa&ccedil&atildeo de forma cr&iacutetica, reflexiva e &eacutetica argumentar adequadamente e saber ser agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resili&ecircncia e determina&ccedil&atildeo.

Por fim, os estudantes devem ser estimulados a cuidar de sua sa&uacutede f&iacutesica e emocional, e exercitar a empatia e o respeito ao pr&oacuteximo sem preconceitos de qualquer natureza.

Pr&oacuteximos passos

A expectativa do MEC &eacute que a Base Nacional Comum Curricular chegue &agraves salas de aula efetivamente a partir de 2019. Isso porque &eacute necess&aacuterio um longo caminho para a implementa&ccedil&atildeo, que envolve a forma&ccedil&atildeo dos professores, aquisi&ccedil&atildeo de livros did&aacuteticos e mudan&ccedilas nas avalia&ccedil&otildees nacionais feitas pelo pr&oacutepria pasta.

Nesta quinta (5), o MEC entregou a vers&atildeo final da BNCC ao Conselho Nacional de Educa&ccedil&atildeo (CNE). Esse &eacute um dos &uacuteltimos passos para que a base passe a vigorar no Pa&iacutes. Ap&oacutes an&aacutelise, o CNE vai elaborar um parecer e um projeto de resolu&ccedil&atildeo e a BNCC volta para o MEC para homologa&ccedil&atildeo. S&oacute depois passa a vigorar oficialmente. A partir da BNCC, estados e munic&iacutepios devem elaborar os pr&oacuteprios curr&iacuteculos.

Leia tamb&eacutem: Reforma do Ensino M&eacutedio &eacute sancionada por Temer nesta quinta veja o que muda

A base apresentada nesta quinta-feira refere-se ao ensino infantil e ao ensino fundamental. A parte relativa ao ensino m&eacutedio ainda est&aacute em elabora&ccedil&atildeo e dever&aacute ser apresentada nos pr&oacuteximos meses.

Com informa&ccedil&otildees da Ag&ecircncia Brasil.

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Parmenas Alt
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