O ministro, ao justificar sua decisão, argumentou que a investigação carece de indícios suficientes e destacou a ausência de justificativa para sua continuidade.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou a decisão de arquivar a investigação contra seis empresários que haviam sido alvo de mandados devido a conversas em um aplicativo de mensagens sobre um possível golpe de estado. Entre os investigados estavam Luciano Hang e Meyer Joseph Nigri, e a Polícia Federal (PF) recebeu um prazo adicional de 60 dias para prosseguir com diligências em relação a esses dois indivíduos. A investigação busca esclarecer o conteúdo do celular de Hang e um eventual vínculo com o ex-presidente Jair Bolsonaro, de acordo com informações da PF.
As mensagens trocadas pelos empresários, que eram apoiadores do então presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro, foram reveladas pelo site “Metrópoles”. Nos diálogos, eles discutiram a possibilidade de uma tomada de poder no Brasil caso Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT, vencesse as eleições presidenciais. Alexandre de Moraes, ao justificar sua decisão, argumentou que a investigação carece de indícios suficientes e destacou a ausência de justificativa para sua continuidade.
A decisão do ministro ocorreu após um pedido da Polícia Federal para estender o prazo da investigação, permitindo a análise do sigilo bancário e dos dados dos telefones celulares de Luciano Hang, que não forneceu suas senhas para a PF. Além disso, foi constatado um possível vínculo entre Meyer Joseph Nigri e a família do ex-presidente Bolsonaro, com indícios de visitas à sua residência. A análise da situação aponta para a necessidade de mais diligências, de acordo com o relatório policial, a fim de esclarecer eventuais disseminações de notícias falsas e ameaças à democracia por parte dos investigados.