Mais de 2.500 pessoas participam da audiência pública em Pontes e Lacerda para discutir e sugerir modificações à Mensagem n° 25⁄08 (Projeto de Lei n° 273⁄08), que institui a política de planejamento e ordenamento territorial de Mato Grosso.
O relator da Comissão Especial de Zoneamento Socioeconômico e Ecológico, deputado estadual Alexandre Cesar (PT), falou sobre a importância deste amplo debate e participação da sociedade organizada por se tratar de um assunto que diz respeito à vida humana e produtividade.
“Vamos construir uma Lei de consenso e respeitar os critérios para a aprovação do dispositivo com o acompanhamento técnico do Conselho Nacional de Meio Ambiente e a Coordenação Nacional do Zoneamento, a fim de que a realidade de Mato Grosso seja contemplada em suas especificidades”, expressou o petista.
A maioria dos participantes da audiência apoiou que a região seja classificada na Zona 1, que compreende as áreas que se encontram em processo de consolidação da economia estadual, para as quais são recomendadas ações e intervenções para a manutenção ou intensificação das atividades existentes, tendo em vista a sustentabilidade ambiental e econômica.
O prefeito de Pontes e Lacerda, Newton Miotto, afirmou que os municípios da região já possuem atividades econômicas consolidadas há muito tempo, a começar de Vila Bela da Santíssima Trindade, que foi a primeira Capital de Mato Grosso. “Juntas, Pontes e Lacerda e Vila Bela possuem mais de 1,3 milhão de cabeças de gado, representando 5,6% do plantel mato-grossense. Ou seja, temos economia consolidada e queremos conciliar essas atividades com a preservação ambiental”, observou.
Segundo o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP), ainda serão realizadas oito audiências públicas com seminários até a aprovação da Lei do Zoneamento. Ele observou que até agora, Pontes e Lacerda foi a região com a maior concentração de participantes. “As audiências não extinguem a discussão. A equipe técnica do Zoneamento está pronta para receber as sugestões de todos os setores interessados, sejam produtores rurais, quilombolas, indígenas ou ambientalistas”, disse.
Já o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, prefeito de Jauru Pedro Ferreira, criticou as grandes potências mundiais que destroem o meio ambiente de seus países, vivem em guerra, fazem bombas nucleares e depois querem vir ao Brasil dizer como devemos cuidar do nosso meio ambiente.