Com o aumento das práticas do sexo sem camisinha, um tipo de gonorreia muito potente está se espalhando em todo o mundo, conforme informou nesta sexta-feira (7) a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Batizada de supergonorreia , uma análise de 77 países verificou que a infecção, comum entre as doenças sexualmente transmissíveis (DST), não está sendo combatida com os antibióticos tradicionais. Isso porque a enfermidade está desenvolvendo uma resistência, evoluindo, e se tornando cada vez mais difícil de ser tratada.
“A bactéria que causa a gonorreia é esperta. Toda vez que usamos uma nova classe de antibióticos para tratar a infecção ela evolui para resistir a eles”, declarou Teodora Wi, especialista em reprodução humana da OMS.
Os casos onde o tratamento não está sendo eficaz foram identificados no Japão, França e Espanha. No entanto, a maioria dos registros da doença são encontrados em países mais pobres, onde é mais difícil ser detectadas e contabilizadas as dsts.
Gonorreia
Se não for tratada, a gonorreia pode causar infertilidade, doença inflamatória pélvica, gravidez ectópica e o aumento no risco de contrair HIV. Cerca de 78 milhões de pessoas contraem a DST por ano, conforme divulgou a OMS.
A doença afeta os órgãos genitais – produzindo uma secreção verde ou amarela, o reto e a garganta. Esse último local é atingido por conta da prática do sexo oral sem camisinha.
A relação sexual sem proteção é o principal fator de risco, portanto, é de extrema importância o uso da camisinha durante todas as práticas de sexo para a prevenção dessa e de outras DSTs, já que, em algumas pessoas, os sinais da infecção podem não ser tão claros, ou simplesmente não aparecerem.
De acordo com a OMS , um em cada dez homens e quase metade das mulheres infectadas não sofrerão nenhum sintoma. Mesmo assim, há algumas características que requerem atenção especial e, caso você perceba alguma delas, é melhor procurar um médico.
Veja aqui quais são os principais sintomas da doença:
No pênis
- Dor e ardência ao urinar;
- Secreção abundante de pus pela uretra;
- Dor ou inchaço em um dos testículos.
Na vagina
- Maior fluxo do corrimento vaginal, que pode ser apresentado com cor amarelada e odor desagradável;
- Dor e ardência ao urinar;
- Sangramento fora do período menstrual;
- Dores abdominais;
- Dor pélvica.
Em outras partes do corpo
- Reto: coceira na região anal, secreção de pus e sangramentos;
- Olhos: dor, sensibilidade à luz, secreção de pus em um ou nos dois olhos;
- Garganta: dor, dificuldade para engolir e presença de placas amareladas;
- Articulações: vermelhidão, inchaço e dor.
Fonte: Saúde – iG @ http://saude.ig.com.br