O presidente da Alemanha, Christian Wulff, elogiou os avanços do Brasil nos campos econômico, social e de defesa do meio ambiente. Indiretamente, Wulff referiu-se ao apelo da presidenta Dilma Rousseff para reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo Wulff, é necessário unir forças para estabelecer uma nova “ordem mundial”.
“O Brasil combina economia com combate à pobreza e ecologia, aspectos indispensáveis para uma nova ordem mundial”, disse Wulff, depois de almoço em sua homenagem, no Palácio do Itamaraty. Também participaram do evento ministros e parlamentares brasileiros e alemães.
De acordo com Wulff, o caminho para garantir mudanças na estrutura do Conselho de Segurança da ONU envolve a busca por um acordo entre Brasil e México, definindo de quem será a vaga permanente na América Latina, e entre Alemanha e Itália, no que se refere à Europa. A recomendação será válida se as Nações Unidas optarem por aumentar de 15 para 25 o número de vagas no conselho.
Segundo Dilma, os conflitos nos países muçulmanos reforçam a necessidade de reformar o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A presidenta disse crer que há base suficiente para uma iniciativa sobre a reforma do conselho que contemple a expansão dos assentos permanentes e não permanentes.
Reforma
No último dia 20, durante as comemorações do Dia do Diplomata no Itamaraty, Dilma disse que “não era capricho” querer a reforma do Conselho de Segurança. A atual estrutura do conselho segue o planejamento é do final da 2ª Guerra Mundial. Ocupam vagas permanentes no conselho os Estados Unidos, Rússia, China, França e Inglaterra.
Os assentos provisórios são ocupados por Brasil, Turquia, Bósnia-Herzegovina, Gabão, Nigéria, Áustria, Japão, México, Líbano e Uganda. O período do mandato nos assentos rotativos é de dois anos.
Para as autoridades brasileiras, o ideal é aumentar o número de cadeiras de 15 – cinco permanentes e dez provisórias – para 25, entre as quais o Brasil se coloca como candidato a titular. O assunto já foi tema de conversas de Dilma com os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da China, Hu Jintao.
Fonte:
Agência Brasil