A ajuda está vindo do outro lado do atlântico, mas eles ainda precisam de muito mais. Foi partindo do princípio de que estes povos também vivem em situações precárias, que três engenheiros franceses, que desenvolvem
programas humanitários, chegaram a Mato Grosso, trazendo boa vontade e algum dinheiro doado por empresários daquele país para dar início
a um projeto de irrigação solar na aldeia Marawasedet, onde vivem cerca de
mil índios.
A aldeia está localizada no município de Alto Boa Vista, no Araguaia, uma área de transição entre Floresta e Cerrado, totalmente devastada pela ação do homem. A alimentação é precária e os indígenas tentam manter a tradição,
principalmente a alimentar, mas para isso precisam produzir todo o ano.
Para que isto ocorra os engenheiros Matheus Aveline, Aymeric de Bodasd e Edouard
Gorioux irão irrigar uma área de dois hectares que será mantida por energia solar.
O autor do projeto de geração de energia solar, Roberto Lopez, explica que há muito tempo vinha tentando implementar a ação na aldeia, mas infelizmente não havia conseguido a ajuda necessária. “Foi preciso vir ajuda de fora para
podermos iniciar este projeto que significa muito para esses índios que vivem nessa região”.
A equipe de engenheiros só trabalha com energia renovável e já desenvolveu projetos humanitários em vários países subdesenvolvidos. A escolha do
Brasil, segundo Matheus Aveline, deu-se pelo clima, que é propício para geração deste tipo de energia. “Nós também acreditamos que este é o melhor caminho para mudar a consciência ambiental das pessoas”, disse, acrescentando que seu país tem muita tecnologia e que eles querem socializar isso com pessoas que necessitam, como no caso dos indígenas.
*AL*- Intermediados pelo ex-deputado Alexandre Cesar, os visitantes fizeram uma visita ao Legislativo mato-grossense a fim de solicitar do parlamentar Ságuas Moraes, também do PT, apoio em busca de mais ajuda.
Eles necessitam de módulos de placa solar, módulos estes que, segundo o autor do projeto, a Eletronorte possui em seu almoxarifado. O deputado se comprometeu a ajudá-los encaminhando uma solicitação para que a empresa faça
uma sessão de uso desses equipamentos.
Além disso, Alexandre Cesar também irá pleitear junto a outros órgãos públicos mais apoio para que os engenheiros possam efetivar todo o projeto, já que o dinheiro doado, 12 mil euros, não será o suficiente. A equipe ficará em MT por três semanas.
D`Laila Borges