O candidato à Presidência Geraldo Alckmin criticou hoje a política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de fortalecer relações com governos de esquerda, como os da Venezuela e da Bolívia. Alckmin está em visita a Lisboa e foi recebido hoje pelo presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, do Partido Social Democrata (PSD, de centro-direita).
Alckmin disse que “colocará os interesses da nação acima dos partidários” se for eleito. Ele também criticou os acordos “duvidosos” de Lula com o presidente boliviano, Evo Morales.
“Não me parece que Lula possa apresentar sua política externa como uma carta de triunfo eleitoral, mas pelo contrário”, disse o candidato do PSDB.
Alckmin acrescentou que Lula não prestou atenção às relações do Mercosul com a União Européia e optou por acordos bilaterais com outros países da América Latina, como a Venezuela e a Bolívia. O candidato assegurou que “a tendência reinante no Brasil é levar o processo eleitoral a um segundo turno, para que os eleitores possam perceber com maior clareza qual dos dois candidatos deseja o melhor para o País”.
Alckmin reuniu-se com Cavaco Silva por cerca de uma hora e disse que o encontro foi “muito proveitoso”, já que Portugal é “um dos maiores investidores no Brasil”. Neste contexto, disse que seu propósito é atrair maiores investimentos portugueses e favorecer alianças entre as empresas de Portugal e do Brasil para “a entrada em mercados de terceiros países”.
O candidato presidencial do PSDB assinalou que dará prioridade ao reforço de relações com todos os países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).