Necessidade de reajustes na tabela de preços; longas filas de espera; falta de medicamentos e de atendimento de alta e média complexidade; hospitais inacabados, dentre outros problemas que afetam o Sistema Único de Saúde (SUS) em Mato Grosso, serão tema de audiência pública, proposta pelo deputado estadual Walace Guimarães (PFL), em data a ser definida.
“Vamos rediscutir e definir uma modelo de gestão mais eficaz na área de saúde; mais moderno, integrando as classes, o governo do Estado, os municípios e a Assembléia Legislativa. Para um melhor atendimento da saúde pública em Mato Grosso é preciso que haja políticas públicas mais dinâmicas. Vamos realizar uma discussão ampla e com mais integração”, afirmou Walace.
Segmentos como hospitais privados e conveniados, Conselho Regional de Medicina, Sindicato dos Médicos, Secretaria Estadual de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde, Ministério Público e a sociedade organizada serão convidados a debaterem a situação. De acordo com dados veiculados pela imprensa, as filas de espera para cirurgias eletivas da Central de Regulação do Sistema Único de Saúde (SUS) já acumulava, em outubro do ano passado, cerca de quatro mil pedidos. Entre eles, aproximadamente 2,5 mil pacientes de Rondonópolis e 1,5 mil dos 19 municípios vizinhos. Além disso, 1837 pacientes esperam por cirurgias oftalmológicas; 461 pediátricas e 565 de otorrinolaringologia.
Em atendimentos de exames, a situação também se repete. No caso de uma endoscopia, conforme explicou o parlamentar, o cidadão espera de oito meses a um ano; para o ecocardiograma, a fila de espera é ainda mais demorada. Guimarães ressaltou ainda que a proposta de se fazer uma audiência, para discutir alternativas para o setor, baseia-se na crescente demanda registrada pelo SUS. ”Não é somente o povo mato-grossense, mas também o povo brasileiro que vê o seu poder aquisitivo diminuído e com isto a impossibilidade de manter um plano de saúde privado para a sua família, necessitando assim de do sistema público do País”, finalizou.
Durante a audiência serão colocadas em discussão temas como a tabela do Sistema Único de Saúde; agendas; consultas; falta de medicamentos; hospitais inacabados; cirurgias de alta e média complexidade, e longas filas de espera.