Um líder da rede terrorista Al-Qaeda pediu aos uigures o início de uma guerra santa contra o governo chinês e afirmou que o regime comunista de Pequim terá o mesmo fim da antiga União Soviética, informa um centro americano de monitoração de sites islamitas.
“Que nossos irmãos do Turquestão (nome que os muçulmanos dão à região autônoma de Xinjiang, na China) saibam que não há salvação, nem uma forma de acabar com a opressão e a injustiça, sem um verdadeiro retorno à fé e uma preparação séria para a jihad (guerra santa)”, afirmou Abu Yahia Al Libi, segundo o centro SITE.
Em uma mensagem de nove minutos, Al Libi cita a situação dos uigures e afirma que eles são vítimas de uma política de discriminação.
Abu Yahia Al Libi, considerado o número três da Al-Qaeda, atrás de Osama bin Laden e Ayman al-Zawahiri, prometeu ao regime comunista chinês o mesmo destino da antiga URSS.
“O destino deste Estado do ateísmo e da teimosia será a extinção. O Estado chinês sofrerá o mesmo destino que o do urso russo”, insistiu.
Os uigures de Xinjiang – uma minoria muçulmana de língua turca do noroeste da China – se queixam de discriminações culturais e religiosas em nome da luta contra o separatismo.
Em julho explodiram distúrbios na região, depois de uma manifestação que exigia o esclarecimento do assassinato de dois uigures no sul da China, segundo a dissidência uigur no exílio.
Pequim acusou os separatistas pelos distúrbios, que foram seguidos de represálias por parte dos han, a comunidade majoritária, e deixaram 197 mortos, em sua maioria hans. Centenas de pessoas foram detidas e a tensão permanece em Xinjiang.
U.Seg