Os agricultores devem utilizar o hedge quando o preço futuro cobrir os custos de produção atual da mercadoria e garantir a lucratividade do produtor, conforme o analista de mercado da Centroboi, Luciano Vacari. Por isso ele reforça a importância de se fazer o planejamento da produção. O mecanismo é uma forma de evitar que o agricultor tenha prejuízo em função da variação no preço das mercadorias. A oscilação pode ser provocada por fatores climáticos, de mercado ou por questões sanitárias, entre outros. Segundo ele, o preço futuro é formado pela composição dos valores praticados atualmente no mercado, acrescido do preço do que se acredita que vai acontecer com o produto no futuro.
Vacari cita que no fim do ano passado os preços futuros da soja eram de US$ 16 por saca. Porém a oleaginosa sofreu desvalorização no mercado, passando para US$ 13. Os produtores que fixaram o preço naquela ocasião deixaram de perder US$ 3, porque receberam da bolsa a diferença entre os US$ 16 contratados e os US$ 13 praticados no mercado. “Isto é feito por meio dos ajustes diários”, lembra. Mas se ao invés de queda houvesse aumento no valor da saca de soja no mercado de futuros, passando para US$ 18, o produtor deixaria de ganhar US$ 2. (AM)
