Os aeroportos são, ao lado dos estádios, dos centros de treinamento e das obras de mobilidade urbana, requisitos prioritários e indispensáveis no processo de organização da Copa de 2014 no Brasil. Diante da necessidade de acelerar as providências para que a ampliação do aeroporto Marechal Rondon ocorra em tempo hábil, diretores da Agecopa se reuniram com o superintendente da Infraero em Mato Grosso, Sérgio Kennedy.
A reunião foi organizada pelo diretor de Articulação Interinstitucional da Agecopa, Agripino Bonilha Filho – responsável pelos projetos relativos a Portos e Aeroportos – e teve a presença dos diretores de Infra-estrutura, Carlos Brito e de Planejamento e Gestão, Yenes Magalhães.
O diretor Carlos Brito destacou a importância de superar entraves burocráticos e acelerar o início das obras, pois Cuiabá será candidata a sediar também a Copa das Confederações em 2013. Por isso, a Arena, os dois Centros de Treinamento e a reforma do aeroporto devem estar concluídos em dezembro de 2012, seis meses antes da competição que será um importante teste para a Copa 2014. “Existe uma grande preocupação com o cumprimento destes prazos para a adequação dos aeroportos brasileiros e não podemos correr riscos”, alertou Brito.
O Superintendente da Infraero assegurou que a estatal honrará o compromisso de entregar o aeroporto com as condições operacionais necessárias no final de 2012. Muitas providências administrativas e operacionais fá foram e estão sendo tomadas pela Infraero. Mas para atingir os resultados esperados é preciso cumprir todo o processo legal exigido, lembrou Sérgio Kennedy.
Ele confirmou a previsão de lançamento em agosto do edital para ampliação e reforma do Terminal de Passageiros. A obra, orçada em R$ 85 milhões, vai quadruplicar a capacidade de operação e processamento de passageiros, deixando o aeroporto em condições de receber o grande fluxo de turistas e visitantes previsto para o período da Copa do Mundo em 2014.
Um ponto muito favorável é que as pistas do aeroporto Marechal Rondon já atendem as demandas previstas para o período da Copa e receberão apenas a revitalização que é normalmente feita a cada dez anos de uso.
Desembarque ampliado
Para garantir o aumento imediato da capacidade operacional, a Infraero está deflagrando ações como a instalação dos “módulos operacionais” que ampliam a área de desembarque e melhoram o conforto dos passageiros. As propostas referentes ao edital de licitação para estes módulos serão abertas nesta quinta-feira, dia 15. Orçada em R$ 2,7 milhões, esta intervenção precede e prepara o terminal para a grande obra de ampliação visando a Copa do Mundo em Mato Grosso.
As estruturas modulares são semelhantes a uma sala convencional de embarque e desembarque e contam com ar-condicionado, sanitários e sistema informativo de vôos. Os módulos operacionais serão implantados também nos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília. Esta é uma solução usada em vários aeroportos, principalmente na Europa e nos Estados Unidos, para atender uma questão pontual de necessidade de expansão e de licença de operação enquanto os grandes investimentos não se concretizam.
Outras intervenções estão sendo concluídas. Na sexta-feira (16) o presidente da Infraero, Murilo Marques Barboza, estará em Várzea Grande para inaugurar o Terminal Logístico de Carga Nacional do aeroporto. O terminal já está sendo utilizado desde o dia 3 de maio. “A área é de 5 mil m² e tem toda a infraestrutura necessária para o desenvolvimento logístico em Mato Grosso”, afirma o superintendente da Infraero. O terminal está preparado para movimentar 300 mil toneladas de carga por mês.
Integração modal
Durante a reunião foram discutidas também questões ligadas à integração entre o aeroporto e o novo sistema de transporte coletivo, o Corredor BRT (Bus Rapid Transit) que vai ligar Várzea Grande ao CPA, em Cuiabá. Uma área pertencente à Infraero pode ser usada para a construção de um dos terminais de ônibus.
As equipes técnicas da Agecopa e da Infraero devem se reunir nos próximos dias para ajustar os dois projetos (reforma do aeroporto e implantação do BRT), considerando a necessidade de superar conflitos viários e garantir a perfeita integração entre os sistemas aéreo e rodoviário de transportes.