Após o depoimento de seu cliente, o ex-assessor da campanha de Lula Jorge Lorenzetti, o advogado Aldo de Campos Costa afirmou que a Polícia Federal precisa investigar a origem do dinheiro encontrado com duas pessoas ligadas ao PT para a negociação de um dossiê contra políticos do PSDB. O ex-assessor alega que foi surpreendido com a notícia do dinheiro para compra do documento, pois não autorizou nenhuma negociação financeira com o empresário da Planam, Luiz Antônio Trevisan Vedoin.
Ao ser indagado pelos jornalistas sobre a origem do dinheiro, o advogado afirmou que a investigação da Polícia Federal deve esclarecer. “Isso deve ser averiguado pela Polícia Federal. Havia outros interesses em jogo. Interesses de outros órgãos e pessoas”, disse. Novamente perguntado sobre quais seriam esses interesses, o advogado afirmou que eram “das pessoas que já foram citadas pela imprensa”. Depois disso, o advogado disse que não daria mais declarações.
Segundo Lorenzetti, três pessoas participaram de encontros com empresários da Planam para analisar os documentos: o ex-agente da PF e funcionário da campanha Gedimar Passos, o ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Veloso e o ex-secretário executivo do Ministério do Trabalho Oswaldo Bargas. Contudo, o advogado afirma que o presidente do PT, Ricardo Berzoini, não tinha nenhuma responsabilidade sobre o caso.
O advogado reiterou que Jorge Lorenzetti não foi indiciado e continua na investigação como testemunha. A Polícia Federal ainda vai ouvir dois depoimentos sobre o caso.
AB