Em uma entrevista exclusiva, Joeli Castelli, advogada
Em uma entrevista exclusiva, Joeli Castelli, advogada especializada em agronegócio, compartilhou insights valiosos sobre os desafios enfrentados pelos produtores rurais no Brasil, destacando sua abordagem proativa na prevenção de litígios judiciais.
Joeli enfatizou o contínuo crescimento do agronegócio no Brasil, ressaltando não apenas sua importância histórica, mas também o atual destaque que o setor vem conquistando. No entanto, ela alertou para as questões críticas ligadas ao sistema bancário, especialmente no que diz respeito à relação de consumo.
“Ainda hoje, lidamos com ações do Plano Collor, empréstimos realizados em 1990. Até o momento, devido a uma ação, não há prescrição”, destaca.
Devido a situação climática e efeitos que ameaçam a lavoura e plantações, Joeli destaca que os produtores enfrentam a necessidade de alongar dívidas devido às oscilações climáticas. “Muitas vezes, o produtor confia no gerente do banco, mas é crucial ler e avaliar contratos, pois existem proteções específicas para o produtor rural, influenciadas pelo Plano Safra. O produtor precisa ter cuidado para não oferecer sua propriedade como garantia desnecessariamente”, explicou.
Além dos desafios específicos relacionados às instituições financeiras, o agronegócio no Brasil enfrenta uma série de obstáculos. Uma pesquisa recente identificou os principais problemas citados pelos produtores rurais, incluindo variações climáticas, infestações de pragas e a escassez de mão de obra. A conjuntura político-econômica global impacta diretamente o setor, com desafios constantes relacionados à inflação, altas taxas de juros e à escassez de crédito no mercado. As perdas nas safras anteriores e o aumento nos preços dos combustíveis agravam ainda mais a situação, tornando o cenário econômico mundial um desafio adicional para os agricultores brasileiros.
Para superar esses desafios, Joeli Castelli sugere que os produtores do agronegócio diversifiquem suas fontes de relacionamento com instituições financeiras, explorando parcerias com bancos privados, cooperativas bancárias e fintechs. Essa abordagem oferece acesso a taxas de juros mais aceitáveis, reduzindo a dependência exclusiva de recursos federais, frequentemente sujeitos a interesses políticos.
Em meio aos desafios, a advocacia preventiva, evitando problemas judiciais futuros. “Com contratos bem elaborados, seja para arrendamento, compra e venda ou assessoria bancária, podemos prevenir questões judiciais , podemos oferecer segurança ao produtor.”, finaliza a advogada.
Ana Barros
