O vice-representante de Comércio dos EUA, John Veroneau, acredita na possibilidade de um acordo na Organização Mundial do Comércio (OMC) até 2008. Isso, porém, se o processo conseguir ser relançado até março do ano que vem. Se isso ocorrer, haveria então a possibilidade de que o Congresso americano renove a autorização que precisa dar à Casa Branca para negociar acordos comerciais. Os americanos estimam que em um ano, a partir dessa autorização, o acordo poderia estar fechado.
Pelas regras americanas, o Poder Executivo somente poderia negociar acordos comerciais com uma autorização do Congresso, que é dada a cada dois anos. A atual vence em junho de 2007. Mas uma nova autorização poderia ser mais difícil, já que os democratas poderiam rejeitar o pedido vindo de um governo republicano.
“Vejo que há uma percepção de que, com a vitória do Partido Democrata, não haveria mais uma agenda comercial nos Estados Unidos. Isso não é verdade. O governo Bush vai manter uma boa relação com maioria democrata e vamos fazer avançar nossa agenda comercial”, prometeu Veroneau.
“A eleição para o Legislativo não tem um impacto significativo nas negociações”, afirmou, contrariando a avaliação de muitos diplomatas. Para ele, os países que culpam as eleições americanas pela paralisia da OMC “é porque querem ver a negociação morta”. “As oportunidades que temos são escassas, mas a Rodada Doha não está morta”, disse o americano, depois de se reunir com embaixadores de vários países da OMC.