Um acordo diplomático entre o prefeito de Chapada dos Guimarães, Gilberto Mello (PR) e o presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Lutero Ponce de Arruda (PP), finalmente pôs fim à discussão em torno da localização do marco do Centro Geodésico da América do Sul. “O prefeito acatou a medida (se referindo ao ofício da Câmara, enviado ao município de Chapada, requerendo a mudança de sinalização sobre o marco). Em respeito à história acabou reconhecendo também a medição realizada por Rondon”, enfatizou Lutero.
Em reunião, na manhã desta quinta-feira (24), na Casa de Leis, os representantes de Chapada e Cuiabá discutiram sobre o assunto. As placas indicativas no município de Chapada serão trocadas e, onde havia a indicação do marco, será colocada a descrição de Mirante do Centro Geodésico da América do Sul, que está na Praça Moreira Cabral da atual sede da Câmara.
Um ofício que ratifica a localização do Centro Geodésico da América do Sul em Cuiabá foi enviado à Prefeitura Municipal de Chapada dos Guimarães, pela Câmara, por meio de Lutero, levando em conta os cálculos realizados e comprovados, em torno do marco, que está no antigo Campo D’Ourique onde se localiza a atual sede da Câmara Municipal de Cuiabá.
De acordo com o prefeito de Chapada, Gilberto Melo (PR), o dialogo ainda é o melhor caminho para o entendimento. “Combinamos em fazer esse acordo para não ocorrer nenhum tipo de prejuízo para os dois municípios, principalmente na questão turística. Vamos explorar o Mirante do Centro Geodésico de outra forma, mas sem as placas de indicação”, afirmou Gilberto Mello.
Conforme dados do Instituto de Memória, o Centro Geodésico da América do Sul está realmente localizado no coração de Cuiabá, no antigo Campo D’Ourique. Conforme documentos é certo que, muitos anos depois surgiram questionamentos sobre a possibilidade de que cálculos matemáticos feitos pelo Marechal Rondon, pudessem estar errados, pois os equipamentos usados por ele à época, eram extremamente rudimentares, quase artesanais, para apurar com precisão tão difícil tarefa. No entanto, para por fim à discussão o Exército Brasileiro refez os cálculos, desta feita com toda tecnologia disponível da informática e satélites. Para alegria de uns e glórias de Marechal Rondon, as coordenadas apontadas por ele foram reconhecidas pela diretoria do serviço geográfico do Ministério do Exército, cuja carta foi homologada em 1975. Marechal Rondon, o desbravador, mais uma vez teve seu trabalho reconhecido como exato e sério.