As ações da TAM recuavam 5,78% e lideravam as perdas da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), seguidas de Gol que cediam 3,44%. As ordens de vendas dos papéis são intensas desde a abertura, tanto que os títulos estiveram por 15 minutos em leilão.
Gol por oscilação negativa de 11% e TAM por venda de um lote acima do normal. Nos primeiros negócios, as ações contabilizaram perdas de 5,65% e 8%, respectivamente.
Devido as vendas aceleradas, o giro financeiro com os papéis eram os mais expressivos do pregão. TAM movimentava R$ 153 milhões, após 2.355 negócios, enquanto Gol somava R$ 61 milhões, com 1.446 transações concluídas. O índice Bovespa à vista cedia 0,88%, aos 57.152 pontos. O giro financeiro era de R$ 815 milhões.
Conforme alguns operadores consultados, os papéis das aéreas vão sofrer por alguns dias. No entanto, no médio prazo, ou até que alguma medida na área de infra-estrutura seja tomada, as ações tendem a recuperar parte das perdas acentuadas que devem acumular no curto prazo.
Segundo um especialista, não minimizando a extensão da tragédia, a exposição da imagem da TAM na mídia também contribui para que os títulos da empresa caiam mais do que os da concorrente na Bovespa. “A exemplo do que aconteceu em outubro do ano passado após o desastre com o Boeing da Gol que matou 154 pessoas”, lembrou. O profissional observou ainda que a crise afeta todas as companhias. “Trata-se de um gargalo de infra-estrutura e não um problema isolado das empresas”, frisou.
Por volta das 18h50 de ontem, um Airbus A-320 da TAM, procedente de Porto Alegre, não conseguiu pousar na pista molhada do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, e explodiu ao se chocar contra um depósito da TAM Express do outro lado da Avenida Washington Luís. 185 pessoas estavam a bordo da aeronave.