quarta-feira, 18/12/2024
InícioGeralA verdade oculta sobre os militares; revelações sobre os sacrifícios silenciosos da...

A verdade oculta sobre os militares; revelações sobre os sacrifícios silenciosos da tropa

Editorial da Revista Sociedade Militar expõe realidades desconhecidas, salienta injustiças e conclama reflexão sobre o papel das Forças Armadas na defesa da nação

A Revista Sociedade Militar publicou recentemente um editorial abordando o que chama de “avalanche de críticas” contra os militares. Segundo o texto, é importante evitar julgamentos rápidos e baseados em estereótipos, especialmente em um momento tão importante para o país.

O editorial destaca que muitos estão culpando todos os militares por atitudes de líderes específicos, o que prejudica a imagem da “tropa” e ignora o trabalho silencioso de milhares de profissionais que enfrentam condições difíceis para cumprir suas funções.

  1. “A esmagadora maioria dos militares das Forças Armadas – mencionados como a “tropa” – não exerce qualquer influência sobre movimentações estratégicas ou acordos políticos firmados (ou não) pelos membros da alta cúpula. Esses homens e mulheres, diariamente, arriscam suas vidas em missões que, muitas vezes passam despercebidas pela maior parte dos cidadãos.”

Um ponto que chama atenção são os dados apresentados: mais de 100 mil militares da ativa recebem salários iguais ou abaixo do salário mínimo, enquanto mais de 20 mil pensionistas vivem com valores ainda menores. Esses números mostram que a ideia de que todos os militares têm privilégios é, em grande parte, um mito.

  1. “Os militares, juntamente com suas famílias, levam vidas marcadas pela simplicidade e discrição. Suas remunerações estão muito longe de refletir o peso de suas responsabilidades e o risco que correm.
  2. Como revelamos recentemente em artigo publicado na Revista Sociedade Militar, com base em dados obtidos junto ao governo federal, mais de 20 mil pensionistas das Forças Armadas recebem proventos abaixo do salário mínimo e, em relação aos militares da ativa, mais de 100 mil recebem salários iguais ou abaixo do mínimo nacional – dados alarmantes que expõem a precariedade enfrentada por muitos nas Forças Armadas.”

Além disso, muitos militares são enviados para regiões remotas do país, onde enfrentam falta de estrutura, doenças tropicais como a malária, e condições de vida muito difíceis. O esforço dessas pessoas para proteger o país muitas vezes não é reconhecido pela sociedade.

Outro problema levantado é a questão da assistência médica. Ao contrário do que muitos imaginam, os militares enfrentam dificuldades para conseguir atendimento, chegando a esperar meses por consultas e tratamentos.

  1. “Também é pouco mencionado que os militares não dispõem de planos de saúde luxuosos, como frequentemente é propagado pela imprensa.
  2. Na realidade muitos daqueles que ocupam lugar na base da estrutura hierárquica podem passar meses em filas virtuais aguardando consultas ambulatoriais nos sistemas de saúde das FA e alguns permanecem anos arcando com descontos em seus contracheques para cobrir procedimentos realizados em hospitais militares, enfrentando limitações e desafios que definitivamente ficam longe dos holofotes da imprensa não especializada.”

O texto também lembra que os militares não podem participar de política partidária, seguindo regras rígidas. Essa neutralidade, porém, não significa que sejam indiferentes ao que acontece no país, mas sim que cumprem o dever de respeitar a hierarquia e as leis.

O editorial cita frases famosas de líderes como Otto von Bismarck e John F. Kennedy para mostrar a importância histórica do papel militar, defendendo que os militares têm uma função essencial na defesa da soberania e na proteção da sociedade.

Por fim, o texto pede que a sociedade olhe para os militares de forma mais justa, reconhecendo seu sacrifício e dedicação. Em vez de julgá-los com base em estereótipos, o editorial convida os leitores a refletirem sobre o impacto positivo que esses profissionais têm na vida do país, mesmo que, muitas vezes, isso passe despercebido.

  1. “Pensar nos militares das Forças Armadas como um grupo homogêneo, julgando todos os seus membros com base em atitudes de alguns líderes é uma visão que qualquer cidadão sensato sabe que é injusta.
  2. Essa postura desmerece aqueles, a grande maioria, que com coragem e comprometimento, arriscam suas vidas pelo bem-estar da nação.
  3. É hora de lembrar do que já fizeram e fazem quotidianamente, reconhecer sua importância, restaurar a confiança de que entrarão em ação quando for preciso e reafirmar o papel das Forças Armadas como um pilar essencial de proteção e estabilidade.” 
  4. Fonte: Sociedade militar
Clique AQUI, entre na comunidade de WhatsApp do Altnotícias e receba notícias em tempo real. Siga-nos nas nossas redes sociais!
RELATED ARTICLES

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Please enter your comment!
Digite seu nome aqui

Mais Visitadas

Comentários Recentes