Chauke Stephan Filho*:
O braço armado da ditadura politicamente correta me alcançou. A Polícia investiga e já me notificou. A audiência com o delegado está marcada para o dia 21 de janeiro. Não, caro leitor, não sou nenhum bandido. Quem é de Cuiabá sabe que não há muito bandido na minha família. Não sou fraudador da Previdência, não sou assaltante, nem ladrão, nem estuprador, nunca matei ninguém, nunca sequer enganei ninguém. Nem sei bem o que é estelionato. Pago os meus compromissos financeiros religiosamente. Eu não minto! Não gosto de mentir, não gosto de mentirosos ou hipócritas, principalmente na política, campo em que a mentira pode iludir milhões, como também no Judiciário, no Ministério Público… Poderia parecer que esta básica qualidade moral da honestidade fosse álibi a ser apresentado ao delegado. Ledo engano. Na verdade, o crime de que me acusam é justamente esse, ou seja, o crime de falar a verdade ou, pelo menos, a minha verdade.
Algum tarado politicamente correto leu alguns de meus modestos artigos e poemas e… não gostou. Terá discordado politicamente, terá ficado “indignado” com a minha linha ideológica, ou terá friamente trabalhado no cálculo do poder, pretendendo destruir a minha vida. Pode conseguir. O sacrifício é forma de protesto. Uma questão de coragem, de superação do apego mesquinho à vida.
Mas qual foi, afinal, o meu “crime”? O delito tem a ver com a livre expressão do pensamento. Neste sentido, confesso, sou mesmo criminoso, faço contrabando. Nada de uísque ou cigarro. Contrabandeio ideias. Eu teria abusado da liberdade de expressão, não respeitei a alfândega do pensamento. Eu manifestei opinião contra a diversidade, um sacrilégio! Falei que a unidade é melhor do que a diversidade. Publiquei artigo contra a política imigratória que traz camelôs do Caribe para Cuiabá. E, ainda por cima, escrevi modesto texto de prosa poética, inspirado nos grandiosos acontecimentos da II Guerra Mundial, só que em favor da Alemanha. Aí não deu, aí foi demais para os santos censorinos. Decerto acharam um absurdo que alguém saia por aí, à toa no ciberespaço, escrevendo merda.
Não devia ser assim. Em criança, diziam para mim que o Brasil era a nossa casa. Bonita metáfora… Mas, se o Brasil é mesmo a nossa casa, por que não podemos fechar a porta dela? Por que não podemos mais externar nossa opinião em nossa casa? Geralmente criminosos não fecham as portas, eles as arrombam. Eles invadem. Violado o lar, os assaltantes impõem o silêncio, a tortura, a morte… Se o Estado não resiste à invasão, se não garante a segurança e a liberdade dos seus, como o chefe da casa, faz de si mesmo a quinta-coluna dos invasores. Sem identidade e sem fronteiras às quais defenda, o Estado perde legitimidade. Então deixa de representar a Nação para representar a banca e outros interesses econômicos mesquinhos, valendo também como simples abstração jurídica para fins administrativos e arrecadatórios. Está acontecendo…
Agora, o Estado voltou-se contra mim. Estou à merce de um juiz e censor politicamente correto. Sou mais um perseguido político da nossa “democracia” judiciária. Será que terei direito a indenização no futuro? Será que alguém escreverá um livro com o título “Correção política: nunca mais!”? Será que a ONU vai me defender? E as ongues dos direitos humanos, elas garantirão a liberdade de expressão? Lula livre! Lula livre! Ora, por que não “Chauke livre!”? Por que a liberdade de Lula vale mais do que a minha liberdade ou a liberdade de Sara Winter ou a liberdade de Oswaldo Eustáquio, o jornalista que o STF silenciou? Não vale! Mas a ditadura diversitária, a repressão politicamente correta é de esquerda, vem de aparatos transnacionais de imenso poder econômico, militar, comunicacional, tecnológico, político. E o Judiciário funciona como correia de transmissão do império globalista sorosiano.
Por isso é que eu não conto, por isso é que a minha opinião não vale nada. Só censura, multa ou… cadeia. Socorro!
* Chauke Stephan Filho, sociólogo da Prefeitura de Cuiabá, é colaborador do Alt Notícias.