domingo, 22/12/2024
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A má notícia boa

 

A fila de mais de 60 quilômetros de caminhões, na BR 364, à espera de embarque em Alto Araguaia revela mais do que uma realidade precária na logística de escoamento de safra do Brasil. Esta fila com certeza é uma má notícia. Mas, em si, carrega a melhor das notícias para a economia de Mato Grosso, a ampliação e consolidação do agronegócio no Estado. O gargalo logístico que se vê no terminal de embarque no trem é um problema nacional e começa nos portos, espalha-se pelas rodovias e termina na estrada da fazenda. Mais do que uma situação que tem que mudar com urgência ele reflete aspectos positivos do setor produtivo de Mato Grosso, que na atual safra assumiu a sexta posição nacional, entre todos os estados brasileiros, no volume de exportação.

 

O contexto revela, pelo lado da produção, que Mato Grosso caminha firme e a cada ano assume seu destino de ser um dos maiores produtores de riqueza do país. Paralelamente o governo estadual desenvolve a proposta do MT Integrado, programa que vai ligar todos os municípios com pavimentação, eliminar os vazios de energia elétrica e com certeza viabilizar em sua totalidade a capacidade de desenvolvimento de Mato Grosso com equilíbrio e sustentabilidade.

 

No Centro-oeste a liderança mato-grossense transbordou na atual safra, impulsionada pela produtividade da soja e do milho. A secretaria estadual de Indústria e Comércio registrou que os produtos locais foram parte de 57% das exportações da região, de longe superior a Goiás que registrou 22%, Mato Grosso do Sul 18% e Brasília 1%. Mato Grosso acumula os números de um crescimento de quase 60% no volume de exportações apenas no primeiro bimestre deste ano.

 

Os números são frios, servem para quantificar e comparar, a realidade. Eles representam a possibilidade do aumento da qualidade de vida no Estado uma vez que o reflexo da comercialização de quase R$ 4 bilhões vai dinamizar outros setores. O segmento de serviços é responsável pela maior atividade econômica de Mato Grosso. Os grãos aqui produzidos pouco a pouco também começam a apontar para a industrialização, em franca expansão. Mas é a frieza dos números que tem servido de argumento para o governador interceder pelo setor produtivo buscando ações concretas. Estas, como a disponibilização de linha de crédito para armazenagem, com recursos federais e juros subsidiados podem melhorar a condição do produtor rural que vai ter um maior controle da comercialização do seu produto.

 

Já que Mato Grosso ocupa o primeiro lugar em superávit na balança comercial nacional, responsabilizando-se por 63,2% do resultado positivo brasileiro e o sexto lugar no ranking brasileiro de exportações nada é mais justo do que parte do dinheiro desonerado das exportações (lei Kandir) retorne para o negócio em investimentos para infraestrutura como quer o governador Silval Barbosa.

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Ailton Segura
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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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